Segundo um novo relatório da consultora IGD e do Fórum dos Bens de Consumo, são 10 as áreas onde os retalhistas alimentares se deverão focar para assegurarem que as lojas físicas continuam a ser relevantes para os “shoppers” na era digital.
O estudo “The Evolution of the Phisical Store” traz uma visão do futuro das lojas físicas. Segundo Joanne Denney-Finch, diretora executiva da IGD, “o mundo digital está a avançar à velocidade da luz e a experiência de compra online apenas vai melhorar, o que significa que poderá ser um desafio as lojas físicas manterem-se relevantes para os ‘shoppers’ no futuro. Contudo, acreditamos que vai sempre haver lugar para estas lojas no retalho alimentar, uma vez que estão melhor posicionadas para proporcionar uma gratificação instantânea, as compras por impulso e o serviço ao cliente. Pelo que esperamos que a loja do futuro funda os mundos físico e digital, para criar uma experiência mais absorvente com frescos, produtos novos, eventos únicos e novas formas de provar, aprender e descobrir. Os retalhistas e os fabricantes devem trabalhar de forma colaborativa para preparar este futuro”.
Para que a loja física do futuro evolua rapidamente e inove de modo a permanecer relevante, a IGD identificou 10 áreas a considerar. Também os fornecedores devem equacionar como estes passos vão afetá-los, como poderão beneficiar do potencial das lojas e apoiar o retalho neste período de mudança.
E a primeira área é, desde logo, a compreensão dos “shoppers” e das suas missões de compra. No futuro, as distinções entre formatos serão menos relevantes e os retalhistas e fabricantes terão de envolver-se e interagir com aqueles de um modo mais individual.
Outra das áreas a abordar é a informação, uma vez que melhores dados permitem melhorar o serviço. O uso destas ferramentas analíticas irá ajudar os retalhistas a tomar decisões mais informadas sobre as suas gamas.
Os retalhistas também deverão permitir designs de loja flexíveis. A tecnologia permite libertar espaço interior que pode ser usado para atrair os “shoppers” e gerar tráfego, com uma maior aposta nos frescos e opções de refeições convenientes.
Além disso, deverá ser reforçado o investimento nos recursos humanos. Uma das vantagens da tecnologia é que permite libertar os colaboradores para os serviços de valor acrescentado, dando um rosto amigável às marcas de retalho.
Os retalhistas deverão ainda reconsiderar as suas gamas e oferecer aquilo que o comércio eletrónico não consegue. As lojas devem ser únicas e relevantes.
Outro aspeto destacado pela IGD é remover a fricção na jornada de compras. A velocidade no checkout é importante para os “shoppers”, pelo que uma opção será automatizá-los, libertando espaço da loja e tempo para os colaboradores ajudarem os clientes.
Para os retalhistas e fabricantes, o investimento nas marcas será fundamental. A integridade da marca é e continuará a ser crucial.
Os retalhistas deverão ter um maior entendimento do planeamento de necessidades e da capacidade para reagir mais rapidamente, através de uma maior colaboração ao longo da cadeia.
As novas lojas irão também exigir novas métricas. Finalmente, criar a loja do futuro irá requerer investimento e planeamento a longo prazo.