A transição para uma economia verde acelerou nos últimos anos, à medida que mais organizações se comprometem a reduzir a sua pegada de carbono. No entanto, os empregados necessitam das competências certas para que as organizações atinjam os seus objetivos, destaca a Hays, o maior especialista mundial em soluções de recursos humanos e recrutamento.

A transição para uma economia verde, centrada na equidade social e na redução do impacto negativo no ambiente, requer uma ação sustentada para impulsionar o crescimento verde. Para o conseguir, as organizações precisam de assegurar que as suas equipas compreendem a sustentabilidade e estão capacitadas com competências como a resolução de problemas, inovação e análise de dados.

No entanto, numa sondagem da Hays no LinkedIn, apenas 40% dos inquiridos confirmaram que a sua organização estava a melhorar ou a recrutar de forma a preparar a sua estratégia para a transição verde.

Fiona Place, Head of Sustainability da Hays, refletiu sobre como os líderes empresariais devem preparar as suas equipas para a economia verde e os processos-chave a considerar.

Porque deveriam os trabalhadores desenvolver as suas competências ecológicas? 

A Organização Internacional do Trabalho prevê que até 2023, 24 milhões de empregos poderão vir a ser criados como resultado da economia verde. Com o green skills gap a aumentar, à medida que a procura destas competências ultrapassa a oferta, as organizações precisam de aumentar ativamente as competências para desenvolver o conhecimento e a compreensão da sustentabilidade dos seus colaboradores.  

Segundo o Learning Mindset Report 2022, desenvolvido pela Hays e pela Go1, revelou que 83% dos trabalhadores estão disponíveis para aprender novas competências. Contudo, o mesmo relatório descobriu que apenas 48% dos trabalhadores acreditam que os recursos de aprendizagem à sua disposição se adequam às suas necessidades.

Fiona refere que, “É importante, porém, pensar na forma como definimos estes novos empregos que estão ligados à sustentabilidade. À medida que novos papéis são criados, não devemos pensar neles como empregos “verdes”, enquanto os existentes permanecem inalterados. Na economia verde todos precisaremos de competências e conhecimentos relacionados com a sustentabilidade. Como tal, a requalificação e a formação são necessárias para todos”.

Porque é que as organizações precisam investir no upskilling das suas equipas

Se uma organização não cumprir os seus compromissos de Responsabilidade Social, poderá perder credibilidade entre os seus stakeholders, incluindo consumidores, clientes, investidores e potenciais colaboradores. Algo que poderia também ter um efeito na atração de talento, bem como na sua retenção. De acordo com um documento da Deloitte, 48% dos Gen Z e 43% dos Millennials afirmam que estão a exercer pressão sobre os seus empregadores para que tomem medidas sobre as alterações climáticas. No entanto, apenas 18% e 16%, respetivamente, concordam fortemente que as suas organizações estão a levá-lo a sério.

Sandra Henke, Head of People & Culture da Hays, abordou recentemente a importância de uma Employee Value Proposition, explicando que os recursos de aprendizagem e um compromisso verde apelam a grande parte dos seus colaboradores, “Se a sua organização não incorporar a aprendizagem na sua proposta de valor do colaborador ou não disponibilizar recursos, estará atrás dos seus concorrentes”.

Preparar as suas equipas para a economia verde 

A sustentabilidade terá impacto na maioria dos papéis a desempenhar no futuro, tal como a tecnologia já tem. Os líderes empresariais devem assegurar-se de que continuam a desenvolver as competências dos seus colaboradores, juntamente com o seu negócio. As organizações devem basear-se nos conhecimentos e experiência pré-existentes no seio da empresa e alavancar isto para aumentar o nível de qualificação tanto do profissional como do empregador. No entanto, o desenvolvimento das competências de uma equipa só irá longe se uma organização estiver empenhada.

Fiona destaca: “A realidade é que a transição para uma economia verde já começou e as organizações que não mudarem a sua abordagem serão deixadas para trás. A formação de funcionários com competências verdes, bem como a contratação de candidatos com capacidade para aprender, é agora uma obrigação. Não só o ajudará a atrair e reter talentos apaixonados pela sustentabilidade, como também beneficiará o seu negócio.”

“Ter um compromisso autêntico também ajudará a atrair os melhores talentos, mas é importante encontrar as pessoas certas. Incorporar o “pensamento verde” na sua estratégia de recrutamento, considerando as competências verdes e uma forte mentalidade de aprendizagem ao contratar. Não pode razoavelmente esperar que os seus candidatos já possuam competências, mas uma capacidade de aprendizagem é importante”.

 

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