Mais de 40% da população não tinha capacidade para pagar uma semana de férias fora de casa em 2017. Este é um dos indicadores usados pelo INE para avaliar do que os portugueses se privam.

Em dois anos, reduziu-se o número de portugueses que diz não ter como pagar uma semana de férias por ano fora de casa. No entanto, em 2017, eram ainda 44,3% os portugueses que apontam esta privação quando o Instituto Nacional de Estatística (INE) faz o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento.

No dados divulgados esta segunda-feira pelo INE é possível ver que apesar de a percentagem de portugueses que indicam ter esta restrição ser elevada, ela desceu de forma significativa face ao que se passava em 2015. Nesse ano, mais de metade (51,3%) respondia que não tinha como suportar esta despesa.

Quando faz este inquérito, o INE define como incapacidade para pagar uma semana de férias fora de casa a indisponibilidade para suportar despesas de alojamento e viagem para todos os membros do agregado familiar.

Esta é uma das perguntas que o INE faz para avaliar a privação material severa das famílias portuguesas. A taxa de privação material recuou de 8,4% para 6,9%, entre 2016 e 2017. Este tipo de privação acontece quando se verificam pelo menos quatro de um conjunto de nove dificuldades, entre elas a capacidade de pagar férias.

Também a taxa de privação geral (que não a severa) baixou de 19,5% para 18%, entre 2016 e 2017. Os dados do INE hoje conhecidos não têm ainda informação para 2017 sobre a taxa de pobreza, mas têm dados sobre o risco de pobreza e exclusão para esse ano. No ano passado, quase 2,4 milhões de pessoas estavam em risco de pobreza ou exclusão social, o que corresponde a 23,3% da população. No ano anterior, este grupo representava mais de um quarto (25,1%), o que significa que entre 2016 e 2017 são menos 196 mil as pessoas que estão em risco de pobreza ou exclusão social.

 
 
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