A Adelaide.farm, plataforma online que permite aos pequenos produtores venderem os seus produtos dando acesso a produtos nacionais de época, criou mais duas modalidades de compra: produtos a grosso, para restaurantes e outras superfícies comerciais, e produtos a granel, para os consumidores particulares.
Os produtos a grosso são vendidos em maiores quantidades, com descontos consideráveis e são entregues diretamente pelos produtores, “permitindo aos restaurantes, mercearias e outros terem produtos locais e frescos a preços competitivos, ao mesmo tempo que os pequenos agricultores conseguem escoar mercadoria a preços justos”.
Já os produtos a granel permitem ao consumidor compor o seu cabaz, escolhendo produtos (legumes, fruta ou outros produtos agroalimentares) de produtores Adelaide, de várias regiões do país, que lhes será entregue num pequeno comércio perto de casa.
Lançada pela MyFarm, empresa nascida no Instituto Politécnico de Beja com largos anos de experiência neste tipo de plataformas, a Adelaide.farm é um projeto que quer, acima de tudo, ajudar os pequenos produtores através da economia social colaborativa. “Existimos com o objetivo de ajudar os pequeno produtores portugueses a escoarem os seus produtos, nas quantidades que dispõem e ao preço que eles próprios determinam. A plataforma está a ser pensada e trabalhada há muitos meses pela equipa MyFarm, que tem muitos anos de experiência, e terá sempre espaço para evoluir de acordo com as necessidades dos produtores e dos consumidores”, refere Alice Teixeira, fundadora da Adelaide.farm.
De acordo com a plataforma, apesar dos pequenos produtores terem produtividades iguais ou superiores às explorações de larga escala, não têm poder de decisão nos preços e na diversidade de produtos que lhe são impostos pelos grandes mercados. “No entanto, produzem de forma responsável e podem entregar de forma ágil, produtos diferentes a preços tão ou mais atrativos. O escoamento de stock e as entregas são da responsabilidade da equipa da plataforma, em colaboração com produtores locais envolvidos. Do valor final do produto, mais de metade é para o produtor, uma percentagem sem comparação com os sistemas de venda”.
Em breve, para além das modalidades da mercearia, os consumidores poderão escolher uma nova forma de adquirir os seus produtos frescos através das hortas virtuais (extensão de terreno onde plantam virtualmente o que querem, num período que vai dos três aos 12 meses).
A plataforma é um projeto conjunto da MyFarm, IPBeja, PDMFC e Improve, empresa do Grupo Guess What, com diversos parceiros nacionais.