A Dreamia, produtora dos canais temáticos Panda, Biggs, Hollywood e Blast, reuniu no seu 10º Aniversário, os principais players na área dos media no II Seminário “A Televisão do Futuro, O Novo Consumidor” que decorreu quinta-feira, dia 28 de novembro, no Auditório da Fundação Champalimaud, com o apoio da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.

Focado nas novas formas de consumo, nos desafios e oportunidades que operadores, clientes, produtores e marcas enfrentam no futuro, bem como nas últimas tendências e hábitos do espectador, este encontro contou com a participação de Eduardo Zulueta, Presidente da AMC Networks International; Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, Gonçalo Reis, presidente RTP; Luís Cabral, Administrador Delegado Media Capital; Pedro Mota Carmo, Presidente Executivo Dreamia, entre outros.

“Existe uma explosão de consumo de TV em todo o mundo que é difícil medir. As pessoas procuram cada vez mais conteúdos, sendo que vivemos numa altura fantástica para estar em televisão e para se ser consumidor de TV. Estas mudanças levam-nos a agir, a reagir e nesta cornucópia de conteúdos é importante conhecer bem a nossa audiência, saber produzir conteúdo e torná-lo relevante.”, refere Eduardo Zulueta, Presidente da AMC Networks International.

Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, acrescenta “temos que fazer com que os nossos conteúdos sejam relevantes. Temos que olhar para o digital como um complemento de FTA e precisamos de monitorizar constantemente. Na SIC estamos a crescer 5% em publicidade, além dessa fonte, há que costumizar a comunicação e a diversificação de receitas.”

Sobre o futuro, Luís Cabral, Administrador Delegado da Media Capital, refere “o caminho será mais por um consumo de conteúdos. Os FTA’s têm que saber que conteúdo podem dar, o produto que temos que fazer para o público que temos. A alteração de paradigma de passar a ver televisão para ver conteúdos é que tem que ser viabilizado. Se não o conseguirmos fazer, os conteúdos acabam. Não há cultura para a comercialização de conteúdos, não há no mercado português ADN para encontrar a viabilidade económica dos conteúdos, pois temos uma audiência muito exigente.”

Gonçalo Reis, presidente da RTP, é da opinião que “o consumidor português está cada vez mais parecido com o consumidor internacional e os broadcasters são capazes de aproveitar a onda digital para desenvolver a sua relevância. A RTP tem vindo a promover uma série de iniciativas com muito impacto, como é o caso da RTP LAB, a RTP Arena, a RTP Ensina, os Arquivos Online, a RTP Desporto, entre outros”.

Pedro Mota Carmo, Presidente Executivo Dreamia, destacou o sucesso incontornável do canal Panda em Portugal. “O Panda é um case study único, que nasceu há 23 anos e que tem o segmento de audiência mais irreverente: as crianças. O surgimento das novas plataformas gerou mais ansiedade nos pais, daí a importância de marcas como o Panda e Biggs, que têm que ser “portos” seguros. A curadoria do que fazemos, a qualidade do que fazemos é absolutamente determinante neste processo”, acrescenta.

O papel das operadoras esteve também em foco neste debate. “Com 90 % de penetração nas households nacionais, as operadoras têm um papel muito relevante, no sentido de garantir conteúdos, experiências, através da diferenciação e da comunicação, possibilitando uma experiência adicional ao cliente”, refere João Diogo Ferreira, Diretor de Conteúdos da NOS. António Margato, Diretor Marketing Consumo da VODAFONE, acrescenta “há muita fragmentação de conteúdos e de formas de consumir esses conteúdos, o que obriga a opções. O papel do operador é facilitar a vida aos clientes e trazer valor para a experiência do cliente final”.  

Tiago Silva Lopes, Diretor de Televisão da MEO, refere “eu não vejo TV, vejo conteúdos. O futuro traz imensas oportunidades. Todos os novos players e gamblers estão a aparecer com muitas novidades, novas formas de apresentar conteúdos e contam connosco para sermos curadores e agregadores dos conteúdos. Estamos na vanguarda em termos de investimento, seja através da fibra óptica ou do 5G”.

Jorge Rodrigues, CMO NOWO, sublinha “acreditamos que devemos devolver ao consumidor toda a liberdade e relevância. Devemos garantir, por exemplo, subscrições flexíveis que permitam ao consumidor repensar e /ou alterar a sua decisão de consumo”.

Segundo Jorge Ruano, diretor de marketing da Dreamia, “é um orgulho para a Dreamia chegar ao seu 10º aniversário na liderança da produção portuguesa de canais pagos. Promover a segunda edição de um evento pioneiro, com os principais responsáveis dos canais generalistas, empresas de produção e distribuição de canais temáticos e todas as plataformas de televisão por subscrição em Portugal, pareceu-nos uma excelente forma de comemorar ”.

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