1. A AEG foi considerada Escolha do Consumidor, na categoria de fornos, pelo segundo ano consecutivo. O que significa para vós este reconhecimento?
É extremamente importante perceber que os consumidores reconhecem todas as inovações que trazemos ao mercado. Um dos valores por que pautamos a nossa existência é a paixão pela inovação, e a AEG tem 130 anos de histórias de inovação, nas várias categorias onde atua. Seja no cuidado da roupa, revolucionando o mercado de secadores com o lançamento do primeiro secador bomba de calor, com baixo consumo e possibilidade de secar lãs e sedas, seja no recente lançamento da máquina de lavar roupa SoftWater, que faz um  pré-tratamento da água, para que a lavagem se faça a temperaturas tão baixas que a roupa se mantem como nova lavagem após lavagem. Mas voltando à categoria de fornos, a AEG proporciona aos seus consumidores um sabor de outro nível, através das técnicas mais evoluídas, como o vapor, ou a cozedura a baixa temperatura. É este reconhecimento que nos move a fazer mais e melhor.
2. O que mais valorizam os consumidores portugueses nestes equipamentos?
O forno é um produto com uma forte conotação emocional. O número de pessoas com interesse na área da culinária e na arte de cozinhar está a crescer, por um lado graças ao tempo de antena que alguns programas dedicam a programas culinários, mas também devido à cada vez maior importância da alimentação na nossa vida. Para estas pessoas, o forno é sem dúvida o coração da cozinha. Assim, para além da componente estética, cresce a importância de tecnologias que permitem alcançar melhores resultados na cozinha, tais como o vapor e outras soluções que ajudam os consumidores a tirar o máximo partido do forno, como é o caso da sonda térmica.
3. Acreditam que a vossa gama de fornos veio introduzir um novo benchmark no mercado?
Muitas das tecnologias que introduzimos no mercado no passado vieram a tornar-se uma referência no mundo dos eletrodomésticos. A utilização do vapor em fornos domésticos – antes uma função exclusiva para uso profissional – é um bom exemplo disso mesmo.
Apenas o tempo nos dirá o mesmo se irá passar com as novidades que acabámos de apresentar ao mercado. No entanto, estamos confiantes que as nossas inovações tecnológicas serão observadas de perto pelo mercado. Não é por acaso que no primeiro trimestre de 2017 vemos a AEG a liderar o segmento de marcas premium (quota de mercado em valor, dados GFK).
4. Que quota de mercado conseguiram conquistar?
O nosso objetivo é que a AEG seja a marca nº 1 no segmento premium (Price Index >139). No primeiro trimestre de 2017 alcançámos este objetivo e queremos consolidar a liderança.
5. Podemos esperar novidades neste segmento em breve?
Em Abril de 2017 a AEG lançou uma nova gama de encastre, com destaque para a categoria de fornos.
Trata-se de um lançamento com mudanças significativas, tanto ao nível estético tanto ao nível da eficiência energética e tecnologias presentes nestes produtos. E, apesar do nosso objetivo a curto prazo ser a consolidação destas alterações, a verdade é que a inovação faz parte do nosso ADN, pelo que temos novidades em pipeline.
6. Qual será o próximo grande salto de inovação nesta área e o que está a AEG a desenvolver para o protagonizar? Como se pode continuar a reinventar uma categoria tão madura como a dos fornos?
Muitos são os exemplos de produtos onde inovar parecia impossível, mas a verdade é que a AEG conseguiu reinventar o produto. Referimo-nos, por exemplo, ao lançamento do primeiro secador com tecnologia bomba de calor, que hoje representa a maior parte de secadores do mercado. A AEG foi também pioneira no lançamento da tecnologia de vapor em fornos domésticos. Este ano lançámos a primeira máquina de lavar loiça com um cesto inferior que se eleva ao nível do cesto superior. Estamos a falar de eletrodomésticos que, cada um na sua categoria, vieram mudar os paradigmas do produto.
Acreditamos que na categoria de fornos também temos margem para inovar: funções de cozedura assistida e automatização através de sensores, melhorias no âmbito da inteligência artificial e eco-sistemas irão alterar o paradigma da cozinha.
7. O que leva hoje o consumidor a decidir comprar um destes produtos? O preço ainda é o fator mais importante ou caminhamos já para uma noção de valor?
O preço é um dos elementos que guia o consumidor na hora da tomada da decisão, mas não é o único.
Em Portugal, por exemplo, assiste-se a um crescimento das vendas de fornos com classificação energética A+, representando neste momento cerca de 30% das vendas (dados GFK Q1-2017). Estes fornos são 100 € mais caros que a média dos fornos vendidos, no entanto as suas vendas crescem três vezes mais que a média.
No que se refere a outras funções, verificamos que os consumidores portugueses preferem cada vez mais fornos pirolíticos, que permitem uma limpeza do forno muito mais cómoda.
8. Existe hoje um maior cuidado em conhecer o consumidor antes de fazer um grande lançamento? Que perfil podem traçar do consumidor português?
Sem dúvida que sim, nas últimas décadas o consumidor passou a ser o motor das inovações. E nesta área a AEG é uma vez mais pioneira. Antes de lançarmos algum produto para o mercado, ouvimos o consumidor e, mais do que isso, queremos ver como o consumidor se comporta na utilização diária, com as suas rotinas. Confrontamos as suas preferências na utilização de um produto AEG contra os principais concorrentes. E só lançamos para o mercado um produto que tenha uma clara preferência face aos concorrentes. No caso da nova gama de fornos AEG obtivemos resultados espetaculares de cerca de 90%. Relativamente ao consumidor português, o mais habitual é que as inovações se massifiquem mais tarde do que no resto da Europa. Na nossa opinião, isto não acontece tanto por resistência à mudança, mas essencialmente porque as inovações são normalmente lançadas a preços bastante acima da média do mercado e, comparativamente ao resto da Europa, Portugal tem um poder de compra mais reduzido. Se verificarmos alguns exemplos como os fornos pirolíticos ou as placas de indução, vemos que apesar de termos lançado no mercado estas tecnologias há muitos anos, só recentemente se tem massificado o seu consumo.
9. Questões como a eficiência energética há muito que entraram no léxico do consumidor português. E questões como a Internet das Coisas e a conectividade?
A conectividade e a Internet das coisas são de facto argumentos relativamente recentes. Na nossa opinião, representam uma oportunidade para que todos possamos melhorar a experiência de utilização dos produtos que compramos: interagindo com os produtos de forma mais fácil, recebendo informações úteis e claras ou até solucionando problemas que nos obrigariam recorrer a um serviço de assistência técnica.
Por esta razão, acreditamos que estes argumentos irão conquistar a atenção dos consumidores muito em breve. Da nossa parte, estamos a trabalhar para que a nossa filosofia sobre conectividade se traduza na oferta de produtos que permitam uma experiência de utilização sem precedentes.
10. Qual é a grande missão da tecnologia: pensar o futuro ou melhorar a qualidade do presente?
A tecnologia não deverá ser o mote da inovação. Os resultados sim! Ou seja, queremos que os consumidores AEG tenham uma experiência de culinária excecional hoje, nas suas casas, quando recebem a família e os amigos e gostam de dar largas à sua imaginação. Claro que o futuro deve ser sempre planeado e nesse aspeto temos uma vasta área de Investigação e Desenvolvimento que está a preparar as inovações que vamos trazer ao marcado num horizonte temporal de 2/3 anos.
11. Como analisa a evolução do mercado nacional de eletrodomésticos?
Após vários anos menos positivos devido à crise que se sentiu, em 2013 o mercado voltou a crescer e neste momento as previsões indicam que 2017 será um ano positivo para o mercado de eletrodomésticos em Portugal, com crescimentos na ordem dos 5-10%. Os principais indicadores macroeconómicos permitem-nos ser otimistas também para os próximos anos.
12. A retoma do mercado imobiliário tem sido importante para as vendas de eletrodomésticos ou Portugal é um mercado marcadamente de substituição?
Sem dúvida que esta retoma traz um impulso positivo para o mercado nacional. No entanto, ainda que a evoluir positivamente estamos longe dos números que a construção representava há cerca de 10 anos e tudo indica não voltaremos a essa dimensão. No entanto, o facto de estarmos perante um mercado baseado na substituição não é necessariamente mau. Os consumidores na reconstrução de uma cozinha são mais exigentes e preferem produtos de mais qualidade e com mais funcionalidades. E neste cenário a AEG surge como uma marca de referência e vai reforçando significativamente a sua posição no mercado.
13. A questão da intensidade promocional, que também afeta esta área de negócio, é algo que os preocupa?
A venda promocional é parte integrante das vendas de eletrodomésticos, tanto no nosso país como nos restantes países da Europa. Os benefícios para os consumidores são evidentes, assim como também é evidente que pode afetar a rentabilidade dos fabricantes e distribuidores.
No entanto, tanto a distribuição como os fabricantes devem ter a capacidade de integrar a venda promocional com a venda “de valor”, pedindo um preço justo por produtos que oferecem uma forte componente de inovação.
Na verdade, alguns distribuidores já o estão a fazer, através da utilização dos benefícios desses produtos que oferecem um desempenho superior e dão resposta às necessidades dos consumidores, justificando assim um preço superior.
14. O que podemos esperar da AEG no futuro?
O mesmo que nos guiou nos últimos 130 anos. Continuar a lançar no mercado português inovações que são pertinentes para os nossos consumidores, e que lhes permita ter uma experiência de culinária excecional. É por isso que dizemos que estamos sempre um passo à frente.