O estudo refere ainda que 53% dos portugueses diz consumir informação diariamente, com destaque na faixa etária dos 25 aos 39 anos. Cerca de metade (52%) aponta aos jornais online como fonte privilegiada, 28,9% opta pelas redes sociais e 15,1% pela televisão.

É neste contexto que 98,5% já ouviu falar de fake news (notícias falsas), sendo que 98,9% conhece o significado do termo. Numa escala de 1 a 10, os inquiridos acreditam que existem fake news nas redes sociais (7,8), jornais online (6,6), televisão (6,18) e em jornais impressos (6,02).

Ainda assim, também numa escalada de 1 a 10, os portugueses que participaram no estudo dizem confiar na rádio (7,06), jornais impressos (6,99), televisão (6,94) e jornais online (6,54).

«As conclusões deste inédito estudo reflectem a crescente relevância dos meios online enquanto fonte de notícia para grande parte dos portugueses e o impacto que as redes sociais, fontes pouco filtradas, já têm no dia do cidadão. O conceito de fake news parece já fazer parte do léxico de uma grande maioria, mas poucos são aqueles que se preocupam em verificar ou cruzar factos», menciona Jorge Azevedo, managing partner da Guess What.

Dos 21,9% de portugueses que fazem verificação de dados, 60% usa a internet para essa tarefa, ao passo que 40% opta por outros meios de comunicação social.

Jorge Azevedo considera que as fontes de informação, como as agências de comunicação, têm hoje, por isso, um «papel fundamental e ainda mais exigente na divulgação de informação clara, objetiva e acertada».

Carlos Furtado, director-geral da Porto de Ideias, reitera a mesma ideia, sublinhando a «importância acrescida dos jornalistas e dos órgãos de comunicação social, mas também da credibilidade das fontes da informação». E, de acordo com o responsável, é «aí que entram as agências de comunicação como um parceiro credível dos jornalistas na luta contra as fake news».