As famílias portuguesas reforçaram, em maio, a vontade de fazer compras de bens como, por exemplo, mobiliário, eletrodomésticos ou computadores, entre outros bens duradouros. Esta foi a principal razão para o aumento da confiança dos consumidores, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em maio, a confiança dos consumidores subiu pelo segundo mês consecutivo, invertendo a tendência de descida assinalada entre junho de 2018 e março. O INE explica que “a evolução do indicador de confiança dos consumidores resultou do contributo positivo das perspetivas relativas à evolução da realização de compras importantes, do saldo das opiniões e das expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar, destacando-se o primeiro caso”.
Em contrapartida, as perspetivas relativas à evolução da situação económica do país apresentaram um “contributo negativo”, depois de em abril serem um dos motivos para a melhoria da confiança das famílias.
Na Zona Euro, o indicador de confiança melhorou, principalmente em resultado de avaliações mais positivas quanto à situação económica em geral.
Já o sentimento dos empresários piorou. Segundo o INE, “o indicador de clima económico diminuiu em maio, após ter estabilizado no mês anterior”, tendência transversal a todos os sectores, exceto nos serviços. Os industriais revelaram-se mais pessimistas, com o indicador de confiança na indústria a voltar a recuar em maio, perfazendo, assim, 17 meses seguidos de redução da confiança.
Já o comércio acumula quebras de confiança desde março, o que resulta tanto das opiniões sobre vendas como sobre os stocks, assim como as perspetivas sobre a atividade do sector.
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