A L’Oréal Paris e a Associação de Apoio à Vítima (APAV) estão juntas contra o assédio sexual em locais públicos. Sob o mote “Stand Up”, a multinacional desenvolveu uma campanha de âmbito mundial, que em Portugal contará com a colaboração desta associação na tarefa de educar e sensibilizar o público.

 

Conteúdos nas plataformas digitais, divulgação de vídeos com exemplos de situações e acções de consciencialização em universidades são algumas das iniciativas pensadas para o mercado português. João Lázaro, presidente da APAV, acredita que a sensibilização da comunidade é fundamental e que a participação de todos os sectores da sociedade nesse alerta é indispensável.

 

A L’Oréal aceita essa responsabilidade e assume a vontade de capacitar e empoderar as mulheres em qualquer momento das suas vidas, tal como explica Tiago Melo, director de Marketing da insígnia. O responsável adianta que a campanha será divulgada em locais públicos, «numa perspectiva de reforço da auto-confiança, uma maior inclusão na sociedade para as vítimas, bem como uma maior consciencialização da sociedade em geral». Por isso mesmo, a campanha ocupará escolas, transportes públicos, festivais e sites, entre outros suportes.

 

Desenvolvida a nível internacional em parceria com a ONG Hollaback, a campanha tem por base um estudo realizado pela L’Oréal (em parceria com a Ipsos) segundo o qual 78% das mulheres já sofreu assédio sexual em locais públicos, sendo que apenas 25% das vítimas afirma que alguém as ajudou. Por outro lado, 86% das pessoas afirma não saber o que fazer quando testemunha uma situação destas.

 

A Hollaback aponta a metodologia dos 5 Ds como um caminho possível. Direct, Distract, Delegate, Document, Delay apresenta-se como um sistema pioneiro que permite à vítima e às testemunhas intervirem contra o agressor. O primeiro D significa pedir directamente ao agressor para parar ou, então, defender a pessoa assediada. Significa também ligar a pedir a ajuda. O segundo D passa por causar distracção (perguntar as horas a alguém, por exemplo, para fingir que não se está sozinho). Segue-se o D de delegar, ou seja, encontrar alguém que possa ajudar ou pedir ajuda. Os últimos dois D dizem respeito a documentar (vídeos ou fotografias) e a assegurar que a pessoas assediada é confortada depois do episódio.

 

A Hollaback sublinha, no entanto, que estas acções não devem ser postas em prática se causarem ou aumentarem o risco para a vítima e/ou testemunhas.

www.apav.pt

 

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