Mais de 50 milhões de toneladas de hortofrutícolas acabam no lixo, todos os anos, na Europa.

A conclusão é de um estudo de investigadores da Universidade de Edimburgo, que revela que estas frutas e legumes estão a ser desperdiçados por razões estéticas.

Só no Reino Unido, todos os anos cerca de 4,5 milhões de toneladas de hortofrutícolas vão parar aos caixotes do lixo por serem ‘feios’, uma prática que está a criar uma crise global de desperdício alimentar e que continua a crescer todos os anos apesar dos esforços das cadeias de retalho alimentar para vender gamas de fruta e legumes ‘feios’.

Lindsay Boswell, CEO da FareShare ouvida pela publicação The Grocer, defende que é preciso criar um processo fácil e barato para que os retalhistas e os seus fornecedores façam chegar os excedentes de hortofrutícolas a organizações de solidariedade e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“Acabar com barreiras como os custos, que incluem transporte e armazenagem dos alimentos, assim como a gestão do tempo e os recursos para os manter comestíveis, poderia significar centenas de milhões de refeições para aqueles que delas necessitam, em vez de criar desperdício”, acrescenta.

São cada vez mais as organizações que procuram combater este flagelo. É o caso da Fruta Feia, que em Portugal conta com vários pontos de entrega e quase 3000 associados que semanalmente podem ir buscar os seus cabazes de hortícolas e frutícolas, evitando oito toneladas de desperdício por semana.

A nível internacional existem projetos como a Food for Soul, uma ONG fundada pelo chef Massimo Bottura que pretende devolver dignidade à vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social ao mesmo tempo que combate o desperdício alimentar.

 
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