O risco de pobreza tem vindo a cair nos últimos anos, mas mantém-se muito mais elevado entre quem arrenda casa. O Governo calcula que 35% dos inquilinos tenha sobrecarga de custos com a habitação.

 

Numa altura em que o Governo quer aprovar uma série de programas para introduzir alterações ao mercado de arrendamento, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vem divulgar novos dados que ilustram os desequilíbrios deste mercado. A taxa de risco de pobreza entre aqueles que arrendam casa é o dobro da que se verifica entre proprietários. Ainda assim, o risco de pobreza entre ambos tem vindo a diminuir.

Os dados, divulgados esta segunda-feira pelo INE, são relativos a 2016. Nesse ano, a taxa de risco de pobreza após transferências sociais (onde se incluem rendimentos do trabalho e outros rendimentos privados, pensões de velhice e sobrevivência) era de 18,3% entre a população portuguesa. O risco é, contudo, muito diferente entre quem detém e quem arrenda casa.

Entre os proprietários e aqueles a quem é cedida gratuitamente uma casa, o risco de pobreza após transferências era de 16,1% em 2016, abaixo da média global e abaixo dos valores registados desde 2013, ano em que esta taxa era de 16,6%.

Já entre os arrendatários, a taxa de risco de pobreza tem vindo a cair a um ritmo mais acelerado, mas mantém-se muito acima da dos proprietários. Em 2013, a taxa era de 33,3%, tendo baixado para 29,3% em 2016.

 
 
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