Há novas diretivas e normas europeias prestes a mudar o universo dos pagamentos, com vários benefícios para comerciantes e clientes, segundo a Mastercard. PSD2, SCA e EMV 3D-Secure estão entre as siglas a reter.

Há uns anos, a Mastercard acreditava que o mundo dos pagamentos iria além do dinheiro e passaria para os cartões. Hoje crê que vai “sair” dos cartões e chegar a qualquer equipamento ligado à internet, com cada um deles a representar uma possibilidade de fazer comércio eletrónico.

É por isso importante falar das regras e regulamentos que vão tornar isso possível. “O discurso em redor da PSD2 costuma ser muito direcionado para os bancos, mas em última instância vai impactar o negócio dos retalhistas”, pois são eles o derradeiro contacto para os consumidores, lembrou o diretor-geral da MasterCard Portugal, Paulo Raposo, no arranque de um Business Breakfast organizado em parceria com a ACEPI.

O objetivo foi passar algumas mensagens sobre o que é e o que traz de novo a segunda versão da diretiva europeia de serviços de pagamentos, assim como outras normas, que entram em vigor em breve, para o online, como a Strong Customer Authentication (SCA) SCA e o protocolo EMV 3D-Secure, mencionando vantagens e desafios na vertente comercial. “Há grandes transformações a acontecerem no espaço digital com o facto de termos novos players e novas práticas de comércio criadas.

Por isso a Comissão Europeia decidiu desenvolver um quadro legal para inovar, mas também criar mais concorrência entre bancos”, referiu Christophe Hilbring, responsável pela área de Product Management & Innovation – Enterprise Security Solutions da MasterCard.

“O objetivo da PSD2 é estabelecer um quadro legal que defina regras para ‘abrir’ e fornecer acesso a contas bancárias e tornar seguros esses acessos”. A nova norma europeia, que deverá ser transposta para o quadro legal português em breve, tem como objetivo melhorar a experiência de compra do utilizador, e consequentemente, aumentar a taxa de conversão, bem como encontrar formas de reduzir o nível de fraude das compras online.

Estabelece por isso requisitos de autenticação forte, através da SCA. A nova norma estabelece, por exemplo, valores para pagamentos mais baixos, mas há também análise dos riscos de transação que pode elevar esses valores até limites de 100, 250 e 500 euros, consoante o risco for menor.

Define também o conceito de transação recorrente, em que não é necessário autorizar uma mesma transação habitual, para um local habitual. Há ainda “white lists” para beneficiários seguros. As especificações EMV 3-D Secure trazem vários benefícios, como a possibilidade de suportar qualquer dispositivo, de oferecer pagamentos in-app e via wallets ou de simplificar a integração com a loja e fluidez de mensagens para reduzir o abandono por parte dos detentores de cartões.

É com base nesta nova infraestrutura regulamentar que a Mastercard tem vindo a sustentar a sua solução MasterCard Identity Check, com as suas várias vertentes, que cobrem desde um programa de guidelines e melhores práticas para assegurar autenticação de topo para transações com pagamentos digitais, ao Mobile, em que se promove a utilização de dados biométricos em vez de passwords, para autenticação.

 
 
 


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