A nova população sénior (pessoas com mais de 50 anos) estabeleceu-se como um dos grupos mais atraentes para o sector de bens de consumo, segundo um estudo realizado pela Ipsos, chamado “O futuro é FaB”, um termo usado para se referir a este grupo de cidadãos (“fifty and beyond”, em inglês).
De acordo com o estudo, surgiu um novo perfil de “mais velho” que se distingue das normas sociais que marcaram a tendência habitual nas últimas décadas. Fundamentalmente, rompe-se com dois estereótipos obsoletos: o próprio conceito de superior a 50 como “avô/sénior” e o conceito de que “querem viver uma segunda juventude“.
Estes consumidores têm preocupações individuais e consideram que ainda têm muito a contribuir para o mundo. São pró-ativos, desfrutam o momento e integraram as novas tecnologias, permitindo-lhes ser informados. Também mostram um lado introspetivo: a experiência oferece o autoconhecimento e ajuda a relativizar a pressão social, o que resulta em ser-se confortável na sua própria pele.
O estudo também reflete a forma pela qual os que têm mais de 50 anos desejam que as marcas entrem em contacto com eles, assim como o que esperam destas e a sua relação com o consumo de produtos. Em geral, os FaB não se identificam com a maioria dos anúncios e marcas: por um lado, não concordam que um jovem representa todos os grupos demográficos e, por outro, assinalam que “os anunciantes têm vinte e poucos anos”, que desconhecem as suas necessidades e muitas vezes se referem a estereótipos expirados. Na verdade, estão a desenvolver-se espaços digitais criados exclusivamente para aqueles com mais de 50, onde podem realmente encontrar conteúdos interessantes para eles, escritos por iguais e que conhecem as suas preocupações e necessidades.