A confiança económica já se começa a refletir na mudança de hábitos dos portugueses, uma alteração que ganha novos contornos quando se fala de férias. Esta ano há uma maior intenção de fazer férias fora do local de residência e, ao mesmo tempo, aumentar os gastos com férias. Apesar de a grande maioria pensar em usar o subsídio de férias para gozar os merecidos dias de descanso, há muitos portugueses a admitirem que vão usar essa verba extra para pouparem. Estas são algumas das conclusões do estudo Observador Cetelem 2017 Intenções de compras e férias dos portugueses e anunciados com o início oficial do Verão.
 
“Portugal vive hoje um clima de confiança generalizada e esse sentimento traduz-se numa maior predisposição para o investimento em serviços e produtos que contribuam para o bem-estar e felicidade das pessoas. Assim, depois de anos recentes muito difíceis, em que os portugueses tiveram de fazer grandes sacrifícios, é com naturalidade que assistimos ao retomar da confiança na economia e nas instituições, que se reflecte num reforço da intenção de consumo, nomeadamente, no período de férias de verão que se aproxima”, explica José Pedro Pinto, chief marketing & sales officer do Cetelem.
Ainda assim, 31% garante que não vai gozar férias. Os motivos financeiros são a principal razão apontada pelos portugueses para não irem de férias durante os meses de verão. Mais de 50% garantem que não têm disponibilidade financeira para irem de férias entre julho e setembro. Mas estas não são as únicas razões. Há quem prefira outros períodos do ano (21%) e quem não consiga marcar férias durante esse período (18%).
 
Embora haja uma maior confiança dos consumidores nacionais, verifica-se uma tendência para não gastar em excesso. Assim, entre os que ficam em Portugal, 66% planeia poupar nas férias, valor que sobe para 77% quando as deslocações são fora do país. Quanto à melhor forma de poupar neste período, a preferência por encontrar alojamento a preços mais acessíveis está em primeiro lugar, com 48% das respostas.
Outras formas de poupança são as reservas com muita antecedência (33%) ou, quando a viagem implica um voo, a escolha de companhias low cost, segundo 15% dos portugueses. As reservas com muita antecedência e o voo em companhias low cost são mais praticados quando se pretende passar férias fora de Portugal: 67% e 39%, respectivamente.
As agências de viagens continuam a ser os campeões em termos de reservas para quem vai de férias para o estrangeiro (53%). No entanto, a internet é, cada vez mais, o primeiro local de pesquisa quando se começam a planear as férias (42%).
A maioria dos portugueses (61%) optam por usar o subsídio de férias para pagar os merecidos dias de descanso – uma solução que ganha outro fôlego para aqueles que pensam sair do país. No entanto, esse não é o fim para este dinheiro extra. Quase metade (41%) colocam esse valor na poupança, mas há quem opte por amortizar créditos (17%), pagar impostos (15%) ou reservar para o regresso às aulas (11%) e para a compra de vestuário (10%).  Ainda assim, 80% dos que usam a totalidade do subsídio de férias não sabem quanto mais vão gastar durante esse período.
Fonte: Meios & Publicidade