417 mil milhões de euros. Foi este o valor das transações realizadas pelos portugueses no ano passado, com o débito direto a registar um forte crescimento como forma de pagamento.
As operações processadas no sistema que processa as operações de pagamento de retalho em Portugal, o SICOI, aumentaram 8% em número e em valor relativamente ao ano anterior, “prosseguindo a tendência de crescimento dos últimos anos”, diz o Banco de Portugal no Relatório dos Sistemas de Pagamentos de 2017.
“O recurso a instrumentos de pagamento eletrónicos também voltou a aumentar”, acrescenta. E foram os “débitos diretos o instrumento de pagamento cuja utilização mais cresceu em Portugal: 12,1% em número e 16% em valor”, nota o regulador. “As transferências a crédito aumentaram 8,2% em número e 10,9% em valor”, enquanto “as operações realizadas pelo multibanco também cresceram 8% em quantidade e 8,5% nos montantes processados”.
“Em contrapartida, a utilização de instrumentos em papel diminuiu. Apesar de ainda terem representado 13,1% dos montantes processados no SICOI, as operações com cheques decresceram 11,6% em número e 5,8% em valor”, diz o Banco de Portugal. “O número de cheques devolvidos também diminuiu, 12,2%, bem como as entidades registadas na listagem de utilizadores de cheque que oferecem risco, 13% (17.263 entidades a 31 de dezembro)”.
A necessidade de dar resposta às alteração dos hábitos de utilização dos meios de pegamento cada vez mais assentes na inovação tecnológica foi um dos temas destacados por Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, no discurso de abertura da 1.ª Conferência do Fórum para os Sistemas de Pagamentos que decorre esta segunda-feira no Museu do Dinheiro, em Lisboa.
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