Entre 1 de Janeiro e 20 de Novembro deste ano, o Portal da Queixa registou um total de 9.064 reclamações referentes a compras online. Trata-se de um aumento de 27% em relação a 2018, quando o número de queixas se fixou nos 7.120.
 

Em média, este portal recebe 30 reclamações por dia relacionadas com o comércio electrónico, sendo que Tecnologia e Electrodomésticos (30%), Viagens, Turismo e Lazer (17%) e Entrega ao Domicílio de Alimentação e Outros (15%) são os sectores que somam mais queixas. Os principais motivos, por seu turno, vão desde falha e atraso de entrega (41%) a burla (23%), apoio ao cliente (18%) ou pagamento (11%). Nos últimos lugares aparecem problemas com devoluções e/ou troca (4%) e envio de produto errado (3%).
 

Perante dados como estes e com a Black Friday à porta, o Portal da Queixa decidiu partilhar com os consumidores aqueles que considera serem “Os 7 Pecados Digitais a não cometer nesta Black Friday” – que se assinala já na próxima sexta-feira, dia 29:
 

1 – Gula: Não compre o que não precisa

O primeiro pecado digital é o da gula e é um dos proeminentes quando o assunto é descontos. Como o produto está mais barato a tendência é comprar em excesso “porque pode fazer falta”. O melhor é identificar se de facto o produto vai dar jeito e se vale a pena;
 

2 – Avareza: Partilhe a sua experiência com outros consumidores

O segundo dos pecados de consumo é a avareza, que neste caso não está ligado à poupança mas sim à não partilha de experiências de consumo. A partilha de uma experiência, quer seja positiva ou negativa, pode trazer bastantes benefícios para outros consumidores e para o próprio;
 

3 – Luxúria: Desconfie do que é demasiado bom para ser verdade

Viu um iPhone 11 por apenas 50 euros e sente-se tentado a comprar? Cuidado com o pecado da luxúria, pois é o que nos conduz às vendas fraudulentas. Primeiro, tente saber o preço original do produto pré-Black Friday. De seguida, tente definir uma meta de quanto estaria disposto a pagar por aquele produto, sem fugir muito à realidade.

Caso faça uma compra online, procure identificar sinais fraudulentos ou verificar se tem algo que lhe ofereça maior segurança (conexão em https por exemplo). Por fim, tome a sua decisão tendo em conta opiniões ou experiências de consumo online;
 

4 – Ira: Não aja de cabeça quente

Se age impulsivamente na hora de tomar decisões, então tem que ter cuidado com a ira. Imagine que viu um produto com excelente preço numa loja e comprou, obtendo a promessa de que seria o mais barato no mercado naquele momento. Contudo, noutra loja ali do lado verificou que o preço estava ainda mais baixo.

Antes de sair disparado para exigir satisfações, procure antes compreender se não haverá diferenças (por exemplo, na outra loja ser o último exemplar) ou até tentar encontrar uma solução com a loja onde adquiriu o produto. Se assim não for, use o Portal da Queixa para apresentar a sua reclamação bem fundamentada;
 

 5 – Inveja: Avalie a sua situação

Por vezes, não sabemos bem as condições ou a forma como o nosso amigo conseguiu aquele excelente negócio. Por isso, na hora de procurar o mesmo negócio, avalie bem a situação.

Antes de proceder ao pagamento final da sua encomenda, certifique-se que lhe pedem apenas as informações necessárias para concluir a compra. Os pagamentos mais habituais são a transferência bancária e o cartão de crédito, mas se puder evite-os, uma vez que, são menos seguros. Caso lhe peçam outro método que desconhece tente informar-se de como proceder, ou peça ajuda a alguém em quem confie.

Por exemplo, caso peçam pagamento por MB Way nunca vá ao multibanco adicionar o contacto do vendedor, este é o método fraudulento mais utilizado actualmente para terem acesso à sua conta bancária;
 

6 – Preguiça: Pesquise sempre antes de comprar

Não seja preguiçoso e tente sempre despender um pouco de tempo para pesquisar. Pode utilizar plataformas como o Portal da Queixa para pesquisar sobre determinada marca ou empresa, uma vez que neste tipo de sites consegue encontrar experiências de outros consumidores;
 

7 – Orgulho: Reclame sempre os seus direitos

Experiências negativas todos temos. No consumo é normal que tal possa acontecer. O problema é deixar-se levar pelo orgulho e não procurar a melhor forma de resolução. O melhor será reclamar os seus direitos a quem lhe vendeu o produto e partilhar a experiência com outros consumidores.

 
Fonte


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