A LLORENTE & CUENCA publicou o relatório de Tendências de Talent Engagement para 2019. A análise, disponível para ler na íntegra na página Desenvolvendo Ideias da LL&C, agrega as principais alterações e tendências que têm um impacto direto sobre os aspetos críticos das empresas e seus negócios.
Num mercado laboral em que apenas 13% dos trabalhadores no Mundo se sente comprometido com a sua empresa, de acordo com dados da Gallup, o talent engagement é mais relevante do que nunca. As empresas necessitam criar e cuidar um vínculo emotivo com o seu talento. Não se trata de um tema trivial, já que está provado que uma equipa comprometida se esforça mais, é mais eficiente e mais criativa.
Para ajudar a explorar este cenário marcado por alterações e inovações na forma como nos relacionamos com o mercado laboral, a LLORENTE & CUENCA apresenta oito tendências para a gestão do compromisso a seguir em 2019:

  • People Analytics – a necessidade de obter feedback constante: as equipas querem ser ouvidas. As pessoas comportam-se como consumidores, revelando uma constante necessidade em obter feedback que irá medir não só a sua satisfação como o seu nível de compromisso com a empresa.
  • Gig Economy – a urgência de reforçar a cultura num ambiente de empregos de “biscates”: com a chegada de novos tipos de relacionamento entre empresas e profissionais, urge reforçar a cultura corporativa, chave para captar emocionalmente um talento que divide o seu tempo entre muitos projetos profissionais diferentes – com a consequente dificuldade para se identificar plenamente com os mesmos.
  • Pós-diversidade – promover e ver a diversidade como ferramenta de captação: estamos a passar progressivamente de uma diversidade “higiénica” para uma diversidade competitiva e as empresas que apostam na diversidade são mais éticas mas, também, mais competitivas e eficazes no mercado. Ser diferente por oferecer um ambiente diverso também é algo a seguir, já que é uma qualidade atrativa e valorizada pelo talento.
  • Microlearning – a conveniência de proporcionar soluções de formação flexíveis para capacitar e garantir carreiras personalizadas: com projetos cada vez mais desafiantes, é necessário facilitar soluções de formação flexíveis para capacitar o talento e guiá-lo na sua carreira, de forma personalizada e de acordo com as suas próprias metas.
  • Employee Advocacy – ativar os profissionais para serem os principais construtores da reputação e da marca empregadora: assim como para comprar um produto online nos guiamos pelas avaliações dos outros compradores, no caso de uma marca empregadora os profissionais são cada vez mais os porta-vozes e embaixadores mais legitimados, autênticos e credíveis quando falamos em construir uma reputação.
  • Employee Experience – a necessidade de aperfeiçoar todas as interações do talento com a empresa: cuidar da experiência do talento tal como cuidamos da dos clientes significa que as empresas devem trabalhar para criar experiências significativas e personalizadas, onde combinem o crescimento pessoal e profissional com propósito significativo ou ambiente de trabalho gratificante, entre outros.
  • Hipertransparência – portas de vidro como principal ferramenta de atração e retenção: a transparência é um elemento gerador de confiança e de marca empregadora. Numa era de informação, em que o talento pode conhecer como funciona uma determinada empresa, ser-se transparente é uma das principais ferramentas de atrações e fidelização.Inteligência
  • Artificial – implementação de soluções que permitam centrar-se no valor acrescentado: é um dos grandes debates atuais já que não se vê esta ferramenta como algo que irá destruir postos de trabalho, mas antes que irá alterar o modelo de trabalho quando utilizadas as suas melhorias, como a simplificação de processos para que os gestores de talento possam concentrar-se em gerar valor acrescentado.

Para Marlene Gaspar, diretora da área de Engagement (Talent e Consumer), o employee advocacy é um dos grandes desafios: “é preciso refletir a importância do profissional dentro da empresa acima de tudo, vendo-o como o seu principal pilar na atração de talento, tornando-o o seu principal embaixador”.
Por outro lado, acrescenta ainda a mesma porta-voz, que “a velocidade a que temos vindo a assistir a alterações tecnológicas e culturais que modificam a informação, comunicação, relacionamento ou o user experience obriga a que as empresas se esforcem por oferecer ao talento que têm uma experiência de organização à altura das expetativas cada vez mais exigentes”.