Os períodos de férias, como a Páscoa, são cada vez mais utilizados pelos portugueses para um merecido descanso fora da sua residência. Talvez por isso as viagens e lazer ocupem o primeiro lugar (61%) nas principais intenções de consumo dos portugueses. No pódio, constam ainda os eletrodomésticos (46%) e os smartphones (42%). Ainda assim, os portugueses são, entre os europeus, dos que têm mais vontade de aumentar economias no decurso de 2019.
Quando questionados acerca das suas intenções de consumo para este ano, 61% dos inquiridos portugueses pelo Barómetro Europeu Observador Cetelem 2019 referem em primeiro lugar as viagens e as atividades de lazer entre os produtos ou serviços que tencionam adquirir. Um aumento considerável em comparação com 2018, mais 9 pontos percentuais.
Em segundo lugar no pódio, com 43%, estão os eletrodomésticos, com mais 8 pontos percentuais. Seguem-se os smartphones com 37%, que registam a maior subida (+13%). 39% dizem que vão adquirir mobiliário (+8p.p.) e 28% contam fazer obras de melhoria e/ou renovação do lar (+12p.p.)
Em termos europeus, o ranking é bastante semelhante: viagens e lazer em primeiro lugar (60%), seguido da compra de eletrodomésticos (43%) e de smartphones (37%).
 
Desejo de economizar mais
Ainda assim, a vontade dos portugueses de aumentar as poupanças é superior à de aumentar gastos. Uma propensão partilhada com a maioria dos europeus, com 49% do total de inquiridos a desejar aumentar as suas economias e apenas 41% a dizer que pretendem gastar mais.

Mas estas médias ocultam as disparidades existentes entre os vários países. No topo da lista de países onde economizar mais é atualmente uma prioridade encontram-se a Noruega (71%), Portugal (64%), a Suécia e a Dinamarca (63%), cujos cidadãos afirmam claramente as suas intenções neste sentido.
Pelo contrário, a França (29%), a Bélgica (36%) e a Eslováquia (38%) são os três países em que os inquiridos menos querem aumentar as suas economias. É ainda possível analisar que as intenções de economizar mais aumentaram significativamente na maior parte dos países, particularmente no Leste da Europa: Bulgária (+17), Hungria (+12), Roménia e Polónia (+11).
No que respeita às intenções de aumentar gastos, destacam-se claramente quatro países europeus, encabeçados pela Eslováquia (73%), seguida da Roménia (63%), Bulgária (62%) e República Checa (60%). No lado oposto, há menos cidadãos húngaros (21%) e dinamarqueses (26%) com intenção de aumentar gastos.
Em termos globais, os europeus questionados restringiram o orçamento relativamente ao ano anterior, por vezes de forma acentuada, tal como sucedeu no Reino Unido (-10), República Checa (- 9) e Polónia (-9 pontos). Embora 58% dos indivíduos afirmem desejar consumir, 47% declaram não dispor de meios para o fazer, um aumento de 7 pontos percentuais face ao ano anterior.
Entre os países mais relutantes em aumentar os seus gastos, quatro apresentam percentagens iguais ou superiores à média. Este grupo é encabeçado pela República Checa, onde 56% dos inquiridos não desejam gastar mais, seguido dos noruegueses (55%), da Eslováquia (50%) e da Bélgica (51%). Sobre as intenções de gastos, a percentagem de inquiridos portugueses que pretende gastar mais mantem-se estável face ao ano passado (33%), menos 8 pontos percentuais que a média dos países inquiridos.
 

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