O marketing tem vindo a sofrer várias transformações nos últimos tempos, a componente estratégica tem tomado a sua posição face à componente operacional. Neste sentido, a via digital tem sido a solução e uma tendência contínua das marcas, onde o foco principal são os resultados que se traduzem em vendas. O marketing assume assim o papel de líder de iniciativas de transformação digital dentro das organizações.

Segundo um estudo realizado pela Multidados e a Guess What, quase metade das empresas em Portugal (47,2%) investiram em marketing digital entre 2020 e 2021.

Apesar de 74,2% das empresas que participaram neste estudo afirmam não ter um departamento de marketing, os números da utilização das suas ferramentas são surpreendentes.

O tempo médio de captação da atenção do consumidor é de oito segundos e é nesse curto espaço de tempo que as marcas são desafiadas para dar o melhor de si, conseguindo transmitir a mensagem pretendida.

O marketing adapta-se a novos hábitos dos consumidores, procurando sempre novas formas de impactar o público e captar a atenção desejada.

Com o papel crescente das diferentes redes sociais na vida de cada consumidor, torna-se imperativo as marcas terem uma presença assertiva e contínua nos diferentes canais digitais. No entanto, nem sempre é fácil atingir o público-alvo desejado de uma forma orgânica e eficaz, é aqui que entra o Marketing de Influência, não é considerado uma tendência recente, mas o incremento de novos tipos de influenciadores e estratégias têm vindo a abrir inúmeras portas para as marcas.

Quais são os principais objetivos do Marketing de Influência?

1) Ampliar a sua história e mensagens (brand awarness);

2) Gerar interação com o conteúdo publicado (engagement);

3) Gerar leads que se possam converter em produtos/serviços (conversão).

Os influenciadores digitais, digital influencer ou apenas influencers têm sido uma mais-valia na estratégia de comunicação e marketing de qualquer empresa, marca ou serviço.

Um estudo da Collective Bias revelou que, num universo de 14 mil pessoas, 30% dos consumidores têm maior probabilidade de comprar um produto divulgado por um influencer do que um divulgado por uma celebridade. Isto porque os influencers são vistos como pessoas “reais”, com as quais o público se identifica mais.

A autenticidade é o ponto de partida para uma boa relação entre a marca e o influenciador e é o próprio consumidor que faz a distinção do que é um conteúdo autêntico ou não. Se não existir uma boa relação Marca Vs. Influencer, a marca corre o risco de transmitir uma mensagem errada ao consumidor.

Para tal, é necessário fazer o match perfeito com o influencer que irá trabalhar com a marca, seguindo alguns critérios:

  1. Target – Qual é o público-alvo? Identificar o influencer com o nicho de público que pretende alcançar;
  2. Conteúdo – Analisar a forma como o influencer promove o conteúdo e se a qualidade do mesmo é compatível com uma campanha da empresa ou com os seus produtos/serviços;
  3. Engagement – Verificar se o influencer tem impacto no público, através das suas publicações (likes e comentários). Pode ter muitos seguidores mas se não tem uma boa taxa de engagement poderá não ser adequado para os objetivos da marca.
  4. Relevância – É preferível ser um influencer com menos seguidores mas que tenha relevância num determinado público e ser uma boa oportunidade para as empresas.

É importante que a estratégia de comunicação com os influencers seja elaborada seguindo diversos princípios de marketing, como a definição do público, a linguagem a utilizar alinhada com o público-alvo, os canais a serem utilizados, entre outros.

Sobretudo, garantir que não é apenas mais um “post” no quotidiano dos influencers, mas que existe um envolvimento com a marca e seus objetivos, havendo espaço para desenvolver ideias.


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