Entrevista Liderança no Feminino, com especial colaboração da Escolha do Consumidor

Ana Cação, Responsável de Comunicação do Banco Credibom 

1- Quais são as características indispensáveis a uma boa marketeer?

Destacaria quatro caraterísticas, que na minha opinião, são indispensáveis para uma boa marketeer:
1. Precisa de ser apaixonada por estar sempre a aprender coisas novas,
2. Deve ser autêntica e confiável, pois são caraterísticas que ajudam a construir
relacionamentos de longo prazo com os consumidores e parceiros,
3. Conhecer profundamente o mercado, não só por via analítica, mas escuta ativa junto do consumidor,
4. E não menos importante, que sejam inspiradoras, as marcas são uma extensão da equipa que as trabalham, as marcas devem ter uma identidade, valores e propósitos, com o objetivo de criar conexões com o seu público e tornar a marca mais desejável para os
consumidores.

2- O que é que precisa de mudar para que uma mulher em posição de destaque deixe de ser notícia?

Um estudo recente, publicado em 2021 pela Ipsos, permite-nos ter um breve olhar sobre o lugar da mulher na sociedade dos dias de hoje. O estudo indica que ainda há um percurso a percorrer, mas que a sociedade tem consciência disso, o que me parece um excelente indicador. Contudo e embora seja reconhecido o mérito e aceite com naturalidade, que lugares de chefia sejam assumidos pelo género feminino, a falta de mulheres em funções de liderança é apontada em 5º lugar, como um dos maiores desafios que as mulheres jovens e adultas enfrentam em Portugal, assim como, as disparidades salariais entre géneros. Para que que uma mulher em posição de destaque deixe de ser notícia, é necessário que as organizações, apostem na captação e retenção dos melhores talentos e promover a igualdade de oportunidades, independentemente do género. Acredito que é fundamental premiar o mérito e apostar na consciencialização sobre a necessidade de alterar esta situação e consequentemente numa mudança de atitudes, de ambos os géneros. Uma organização que promova esta atitude, está seguramente mais bem preparada para interpretar novos contextos e desafios.

3- Diriam que um homem, para chegar onde vocês se encontram hoje, teria de fazer os mesmos sacrifícios?

A mulher é multitasking porque culturalmente foi criada para fazer várias coisas ao mesmo tempo, ainda é um desafio, conciliar a evolução da carreira e reduzir preconceitos em relação à maternidade, mas tenho assistido a uma mudança de valores e comportamentos. E esta mudança, importa que o ocorra nas duas perspetivas, algumas organizações como o Grupo CA CF no qual se integra o Banco Credibom, em Portugal há mais de 25 anos, tem nos últimos anos, promovido a equidade de ambos os géneros incentivando os homens a usufruir da licença de parental, implementando um modelo de trabalho hibrido, que potencia o work life balance assim como, oapoio a organizações como a dress for sucess que defende que “todas as mulheres tem o poder de se transformar numa história de sucesso”, a associação apoia mulheres que se encontram numa situação vulnerável e esse apoio, estende-se à integração das mulheres no mercado de trabalho. São exemplos de ações que demonstram que a transformação deve ser feita a vários níveis.

4- Numa sociedade onde os homens ocupam a maior parte dos cargos de destaque, uma mulher líder sente mais pressão em fazer um bom trabalho?

Em algumas áreas, tradicionalmente mais associadas a uma liderança masculina, sim, mas o próprio conceito de liderança tem evoluído, e temos assistido na última década a uma evolução da visão tradicional do líder para alguém que apresente boas skills técnicas, e com um elevado grau de inteligência emocional. As mulheres são mais criativas, multitarefas, com maior capacidade de gestão de conflitos e possuem maior inteligência emocional, características que acentuam o potencial de inovação. Na minha opinião este é o trigger para diminuir a desigualdade e pressão.

5- Que conselho dariam a uma mulher em início de carreira, com o desejo de alcançar uma posição de destaque na área do marketing?

O autoconhecimento é uma grande vantagem. Utilizar ao máximo os seus pontos positivos e ter a coragem de não parar de trabalhar as suas fraquezas. Nos momentos mais desafiantes, procurar a resiliência, a inspiração.

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