Os preços aumentaram, a inflação está em níveis que não são observados há muito tempo e os consumidores portugueses estão a reagir. No âmbito do Dia Mundial da Poupança, fique a conhecer como a inflação está a mudar a forma de viver das famílias portuguesas.
No âmbito do Dia Mundial da Poupança a Escolha do Consumidor realizou um estudo online, que teve como base a opinião dos consumidores, para conhecer os seus hábitos e decisões de consumo e de que forma conseguem gerir as suas poupanças, nesta altura difícil em que se observa um aumento generalizado dos preços e da inflação.
Segundo os dados obtidos, 99% dos inquiridos refere que nos últimos 6 meses sentiu um aumento generalizado dos preços no geral. E por esse motivo, 88% indica que tem vindo a alterar as suas decisões de consumo para conseguir poupar nos seus gastos.
Como tal, os portugueses têm vindo a tomar algumas medidas, sendo grande maioria sustentáveis para o planeta, como: evitar o desperdício alimentar (27%); usufruir das promoções que surjam (26%); optar por comprar marcas brancas (18%); comprar apenas bens essenciais (16%) e alterar o tipo de alimentos que a família consome (8%).
Face ao aumento dos valores dos combustíveis, 7% utiliza cada vez menos o seu carro para se deslocar, 52% dos consumidores fez menos viagens recreativas neste último semestre, 17,6% passou a andar mais a pé ou de bicicleta e 14,4 % passou a utilizar mais os transportes públicos.
Em relação ao consumo de gás em casa, 36% passou a ter mais atenção ao tempo nos banhos e 17% dos consumidores consultou outros fornecedores de gás. Já no que diz respeito ao consumo da eletricidade, 37% prestou mais atenção às luzes que se encontram acesas desnecessariamente, 25% passou a desligar os aparelhos não utilizados da corrente e 15% consultou outros fornecedores de energia.
Quando questionados sobre outras decisões de consumo nestes últimos 6 meses, os resultados são interessantes dado que 21% dos consumidores indicou que passou a comer menos vezes fora, 13% dos inquiridos confessou ter alterado o tipo de alimentos que compra, levando-os, por vezes, a adotar uma solução mais económica e saudável como a produção caseira de alguns produtos alimentares e/ou domésticos e 11% confessa que este ano alterou as suas férias devido à incerteza de futuras dificuldades financeiras.
Metade dos consumidores (53%) ouvida neste inquérito partilhou que conseguiu fazer um “pé-de-meia”, não sentindo, ainda, a necessidade de fazer uso da sua poupança nesta fase.
Sobre o Estudo
Este questionário foi respondido por um universo de 89% do sexo feminino e 11% do sexo masculino. Quanto às idades compreendidas dos inquiridos: 36% tem entre 35 a 44 anos, 26% entre 26 a 34 anos, a faixa etária mais nova (18-24 anos) corresponde a 18%. 11% corresponde a consumidores entre os 45 e os 54 anos e 9% acima dos 55 anos.
70% destes consumidores estão localizados na zona Lisboa e Centro, 22% na zona do Porto e Norte e a restante percentagem encontra-se distribuída por Algarve e Sul.