Entrevista Revista Pontos de Vista

É do conhecimento do mercado português aquilo que a ConsumerChoice, e mais concretamente a “Escolha do Consumidor”, tem feito, como o nome indica, pelos consumidores e pela credibilidade das empresas.

Passado 12 anos da sua criação, sabemos que a “Escolha do Consumidor” é um sistema de avaliação e classificação de marcas, com base na satisfação e aceitação que geram junto dos consumidores, para os ajudar a tomar decisões, em relação a um produto ou a um serviço, de forma mais consciente. Sendo este um processo inovador, é também, hoje, um sistema de avaliação líder em Portugal.

José Borralho, fundador e CEO desta empresa, começa por afirmar que “a “Escolha do Consumidor” é a promotora do processo, todo o resto é feito pelos consumidores. O nosso processo começa e acaba neles e isto leva-nos a que, ao longo dos anos, possamos evoluir lado a lado com as tendências do mercado. Mas, aquilo que efetivamente nos diferencia, é a «voz» que damos aos consumidores”.

Certo é, estes mesmos consumidores, alinhados com os sistemas de avaliação da ConsumerChoice, têm dado a oportunidade às marcas de reforçarem o seu posicionamento e credibilidade no mercado, principalmente porque hoje, “o consumidor tem muita informação disponível na internet e estes sistemas acabam por o ajudar com determinada seleção ou decisão. Quando olham para a “Escolha do Consumidor”, sabem que marca que obteve este Selo, tem um conjunto de princípios que fazem com que seja a melhor no mercado; quando observarem, no futuro, uma marca com o Selo “Escolha Sustentável”, saberão que obedece a práticas de sustentabilidade; quando quiserem pesquisar os produtos e serviços mais inovadores, podem procurar no “Produto do Ano”, assegura José Borralho.

Ao longo dos anos, a “Escolha do Consumidor” tem criado meios para que o consumidor se expresse, contribuindo para aumentar a atuação das marcas no mercado e, acima de tudo, fomentando a sua melhoria contínua. Assim, atualmente, conta com diversos Selos, em diferentes segmentos, nomeadamente a “Boa Escolha” – um sistema de reconhecimento da relação qualidade-preço e não só, em produtos e serviços; os “Quality Awards” – um sistema de avaliação do consumidor em função da particularidade dos produtos e serviços, que qualifica qualidade; os “Happy Awards” – um sistema inovador de qualificação das organizações em felicidade, que incorpora uma avaliação 360º, através da auscultação de colaboradores, clientes e fornecedores; entre outros.

Selo “Escolha Sustentável”

Sabemos que hoje, um dos temas prioritários na sociedade, é a incorporação de práticas sustentáveis. Neste contexto, a ConsumerChoice lançou um sistema de avaliação para reconhecer produtos, serviços ou medidas sustentáveis – o denominado Selo “Escolha Sustentável”.

Nós vamos fazendo sempre estudos de mercado, mas em relação à sustentabilidade, tínhamos a certeza de que era, e será por muito tempo, uma tendência. Em todo o caso, procedemos ao estudo e quase 100% dos inquiridos responde que é muito importante que as empresas adotem práticas sustentáveis. Por outro lado, 71% afirma que as empresas não as estão a praticar – embora nós saibamos que estão, porque trabalhamos com elas diariamente”, assegura Teresa Preta, General Manager da ConsumerChoice.

Nesta perspetiva, foi desenvolvido um sistema de avaliação que reconhecesse medidas, produtos ou serviços sustentáveis dentro das organizações, no âmbito ambiental, social e económico da palavra.

Outro aspeto que importa ressalvar, é o facto de a “Escolha Sustentável”, ter uma metodologia diferenciadora e rigorosa, na medida em que à avaliação do painel de consumidores, acresce a avaliação de um painel de especialistas em sustentabilidade.

Partimos do pressuposto que muitos consumidores não têm formação total para avaliar algo tão complexo e rigoroso como a sustentabilidade ou a inovação, por exemplo, que carece obviamente de termos técnicos e que merece pesquisa e atenção detalhada dos especialistas nas áreas”, revela José Borralho. Assim, para equilibrar aqueles que serão os resultados finais, “o processo ocorre em duas fases: a primeira é a avaliação por parte dos especialistas. Temos um Conselheiro das Nações Unidas; uma Especialista em Investimentos Sustentáveis; uma Especialista em Marketing Regenerativo, uma Empresária e Investigadora ao nível dos ESG; um Especialista em Negócios Sociais; e um Embaixador da Aliança ODS Portugal. Numa segunda fase, damos a «voz» aos consumidores, que irão avaliar as marcas de acordo com as evidências que as mesmas nos facultem durante o processo de candidatura”, esclarece Teresa Preta.

No que concerne ao nível de ponderação, segundo os nossos entrevistados, “o painel de especialistas tem um peso de 60% na avaliação final e os consumidores de 40%, sendo que, em 100%, as marcas candidatas terão de passar em 70% dos critérios para obterem o Selo “Escolha Sustentável”. As que não atingirem este objetivo, terão um relatório informativo para que possam melhorar e, no futuro, voltarem a candidatar-se de forma mais segura e determinada.

Hoje, mais do que nunca, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável têm de ser um roteiro e uma nova linguagem que orienta as marcas. Neste sentido, todas as empresas no mercado nacional, independentemente do seu setor e dimensão, podem submeter a sua candidatura ao Selo “Escolha Sustentável”.

Tal como as Nações Unidas definem, «a sustentabilidade é tão só a capacidade de satisfazer as nossas necessidades no presente, sem comprometer as gerações vindouras”. Assim, a ConsumerChoice apela à reflexão das marcas para que as mesmas, compreendam, aquilo que têm feito pelo ambiente, pela sociedade e pela economia.

Este Selo não tem, na sua génese, a competição – é um dever. Por isso, as candidaturas estão abertas até outubro em www.escolhasustentável.pt, e, até lá, todas serão avaliadas de forma independente e gradual. Os resultados serão divulgados em janeiro de 2024.

O futuro da ConsumerChoice

As tendências, as necessidades e as vontades estão em constante mudança – o que era há 12 anos, quando nasceu a mítica “Escolha do Consumidor”, já não é hoje. Assim, importa que a atenção sobre o mercado esteja sempre desperta.

Com um ADN vanguardista, José Borralho confirma que “dentro de casa, temos muitos projetos já desenhados para os próximos tempos, como é o caso do processo de desenvolvimento ético que, apesar de complexo e exaustivo, passará pelo futuro e será, definitivamente, uma tendência de mercado”.

Com provas dadas em território nacional, a ConsumerChoice está agora, também, a dar passos internacionais, nomeadamente em Espanha, Angola, Moçambique, Brasil, entre outros mercados que ficarão a cargo da Consumer Guidance Group GmbH, um grupo alemão de sistemas de avaliação de marcas que é possuidora de 50% desta marca portuguesa.


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