• 62% dos inquiridos afirma ter evitado viajar para determinados destinos devido a preocupações com a sua segurança
  • 79% considera o comboio como uma alternativa prática ao avião para reduzir a pegada carbónica
  • Os entrevistados mostram uma opinião positiva no que toca à utilização de IA artificial para personalizar a sua experiência de viagem
  • Os consumidores reconhecem que é vantajoso a possibilidade de viajar sem dinheiro físico
  • O carro é o meio de transporte predominante (60%), seguido pelo avião (31%)
  • 84% dos portugueses não viaja para assistir a eventos desportivos

A chegada do verão e das férias grandes implicam várias decisões de consumo, sejam relativamente ao destino de descanso, compras ou atividades de lazer. Nesse sentido, a ConsumerChoice realizou um estudo online, para perceber quais as preferências e preocupações dos portugueses sobre as suas viagens durante esta época. Esta análise destaca ainda as preocupações e as estratégias de adaptação dos consumidores face aos desafios atuais, como a segurança e a inteligência artificial.

Segundo os dados obtidos, os portugueses têm comportamentos e preferências bem definidos no que diz respeito às suas viagens de verão. A maioria viaja entre duas a três vezes durante essa altura (48%), com um número significativo a optar por viajar apenas uma vez (37%). Questionados sobre qual a principal motivação para viajar, 49% afirmadescansar e relaxar, 15% referevisitar familiares e amigos” e 14% diz conhecer novas culturas”.

Em relação ao planeamento das férias, 38% dos portugueses começam a planear as mesmas com aproximadamente um a três meses de antecedência e 26% com menos de um mês ou entre quatro a seis meses. O estudo revelou ainda que os destinos nacionais, sobretudo as praias marítimas, são os mais populares (33%), enquanto os internacionais como praias e cidades também são mencionados por alguns dos consumidores (17% e 15%, respetivamente). Os fatores que mais influenciam na escolha do destino, para além do preço, incluem o clima (17%), a facilidade de acesso (14%) e a segurança (14%).

No geral, os entrevistados demonstram uma opinião positiva no que toca à utilização de inteligência artificial para personalizar a experiência de viagem, 46% são favoráveis e 18% são muito favoráveis. Apenas 4% mostra-se desfavorável ou muito desfavorável (1%). Apesar da opinião favorável, apenas 21% dos inquiridos usaram ferramentas de IA, como o Chat GPT para planear as suas viagens.

Os portugueses acreditam que a utilização da IA pode ajudar também a conseguirem asmelhores dicas (19%), recomendações personalizadas (18%), sugestões de atividades locais (15%), tradução e interpretação de idiomas (11%), gestão de reservas eorganização da viagem (10%), atendimento ao cliente (10%), maior controlo e ajuda a gerir despesas (8%), sugestões gastronómicas (5%) e informações sobre segurança e saúde (4%).

De acordo com o estudo, a segurança é um fator determinante para a esmagadora maioria dos portugueses na escolha dos seus destinos de viagem, com 96% a considerar este aspeto crucial. 62% dos inquiridos afirma mesmo ter evitado viajar para certos destinos devido a preocupações com a sua segurança. Os principais destinos evitados estão relacionados com regiões em conflito, áreas com altos índices de criminalidade e locais recentemente afetados por desastres naturais e outros, sendo que os mais citados foram: o Brasil, Egito, Israel, Marrocos, Rússia e Ucrânia.

O estudo destaca, ainda, que a preocupação com a sustentabilidade está a crescer entre os portugueses, com 79% dos participantes a considerarem o comboio uma alternativa prática ao avião para reduzirem a sua pegada carbónica. Contudo,28% optaram por viagens de comboio em vez de voos para destinos europeus, enquanto 72% preferem o avião.

Quanto à importância das agências de viagens na criação de uma experiência turística de qualidade, 51% considera estas empresas relevantes e 20% muito importantes. Inclusive, 68% utiliza ou já utilizou uma agência de viagens para planear as suas férias, em contraste com os 32% que nunca recorreram a estes serviços.

A diminuição de preocupações (22%), o apoio durante as viagens (16%) e o acesso a ofertas exclusivas (13%) são os principais benefícios identificados, pelos portugueses, ao utilizarem agências de viagens.


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