• Os inquiridos referem que vão recorrer a promoções ou saldos (42%) e reutilizar material do ano anterior (36%) para reduzir os custos com o material escolar.
  • Para cobrir as despesas associadas ao regresso às aulas, as famílias planeiam reduzir os gastos em viagens e férias (26%), entretenimento (21%) e restauração (20%).
  • As despesas com o material escolar são uma preocupação para grande parte dos consumidores (46%).

Setembro é um mês de regressos e novos desafios. Miúdos e graúdos deparam-se nesta altura com o fim das férias e é hora de voltar a trabalhar, no caso dos adultos, e estudar, no caso dos mais jovens. Para os encarregados de educação, o regresso às aulas é sinónimo de mais despesas no seu orçamento familiar e, nesse contexto, a ConsumerChoice realizou um estudo com o objetivo de analisar a gestão dos custos associados ao regresso às aulas em 2024 pelas famílias portuguesas.

A maioria dos inquiridos afirma ter filhos em idade escolar, sendo que 63% tem apenas um filho e 32% tem dois. Este ano, por filho, 61% dos entrevistados espera gastar entre 50€ e 150€ com material escolar, 17% prevê despesas entre 150€ e 200€, 14% aponta para mais de 200€ e apenas 8% estima gastar menos de 50€. Em comparação com anos anteriores, 44% dos indivíduos espera gastar o mesmo valor este ano, enquanto 41% acredita que vai gastar mais e 8% pretende gastar menos.

Para conseguir reduzir estes custos, os consumidores revelam que as estratégias utilizadas incluem aproveitar as promoções ou saldos (42%) e reutilizar o material do ano anterior (36%). Outros métodos passam por utilizar material antigo de familiares ou amigos (14%), comprar material em segunda mão (8%) e comprar papelaria na escola (0,21%). No que diz respeito aos artigos mais reutilizados, estes são: mochilas (20%), estojos (19%), calculadoras (17%) e canetas e lápis (17%).

O mês do regresso às aulas é um dos momentos em que os gastos das famílias tendem a ser mais elevados, uma realidade que ficou também mais aparente com o aumento do custo de vida nos últimos anos. Foi a pensar nisso que desenvolvemos um estudo que identifica as estratégias de poupança adotadas pelos consumidores, em relação aos anos anteriores, para manterem as suas finanças equilibradas. Trata-se assim, de uma visão detalhada das mudanças nos hábitos de consumo das famílias portuguesas, de forma a entendermos melhor as tendências e desafios enfrentados no contexto atual”, refere Cristiana Faria, Diretora de Marketing da ConsumerChoice.

Relativamente ao nível de preocupação com os gastos, 46% dos inquiridos indica estar preocupado, 24% expressa indiferença e 21% declarar estar tranquilo. De forma a conseguirem cobrir as despesas associadas ao regresso às aulas, as famílias planeiam principalmente reduzir os gastos em viagens e férias (26%), entretenimento (21%) e restauração (20%). Comparando com anos anteriores, 50% dos indivíduos considera o nível de stress relacionado com os gastos escolares igual, 39% afirma estar mais stressado e 12% indicar sentir-se mais tranquilo.

Nos últimos anos, a maioria dos consumidores sente que os custos com material escolar aumentaram, sendo que 22% aponta para a existência de um crescimento significativo e 52% um aumento ligeiro. 17% acredita que os custos permaneceram os mesmos, enquanto 7% notaram uma pequena diminuição. Adicionalmente, 47% dos entrevistados revela também que antes da pandemia se gastava muito menos com material escolar e 20% gastava um pouco menos. Ainda assim, 15% afirma que despendia do mesmo valor e 13% gastava um pouco mais.

Atualmente, 52% dos inquiridos acha que tem sido mais difícil gerir os custos de material escolar, face aos anos antecedentes e 33% afirma estar igual. No que diz respeito ao futuro, 57% dos consumidores aguarda por um aumento contínuo dos custos com material escolar, 24% espera estabilidade, 13% prevê uma redução dos custos e 6% tem dificuldade em prever.

Sobre o Estudo

Este questionário foi respondido por 933 portugueses, 49% de pessoas do sexo feminino e 51% do masculino, com idades entre 25 e 54 anos. A maioria dos participantes está localizada na área da Grande Lisboa (36%), região do Norte (15%), Centro (17%), Grande Porto (18%) e a restante percentagem encontra-se distribuída em outros pontos do país. A ConsumerChoice é plenamente e unicamente responsável pela integridade e precisão dos dados obtidos.


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