30% dos entrevistados poupa entre 10% e 20% do seu salário líquido. Contudo, 25% não conseguem poupar qualquer parte do seu rendimento mensal
A Escolha do Consumidor, sistema de avaliação de marcas número um em Portugal, realizou um estudo para perceber como os consumidores gerem as suas finanças pessoais, as estratégias que adotam para poupar face aos desafios económicos atuais e qual o destino dado ao dinheiro reservado mensalmente. A análise revela uma realidade marcada pela dificuldade em poupar, mas também por uma crescente consciência financeira e vontade de melhorar a gestão do orçamento familiar.
Os resultados mostram que 25% dos inquiridos não conseguem poupar qualquer parte do seu salário líquido. Entre os que o fazem, 24% consegue guardar menos de 10% do rendimento, enquanto a maioria, 30%, poupa entre 10% e 20%. Já 10% dos participantes, consegue reservar entre 20% e 30% e 11% poupa mais de 30% do seu rendimento mensal.
A principal motivação para poupar continua a ser a prevenção de imprevistos, com 44% dos entrevistados a destinarem as suas poupanças à criação de um fundo de emergência. Segue-se o investimento, com 16% a indicar que poupa com o objetivo de rentabilizar o dinheiro e 14% que prefere reservar a poupança para viagens ou lazer. Os restantes consumidores optam por acumular para a sua reforma ou referem outros fins, refletindo a diversidade de prioridades financeiras entre os inquiridos (13% em ambos).
De acordo com o estudo, 48% dos portugueses alteraram os seus hábitos apenas em algumas categorias de consumo com o objetivo de aumentar as suas poupanças, demonstrando uma adaptação seletiva para equilibrar necessidades e orçamento. 25% mudou as suas decisões de compra de forma significativa, evidenciando uma postura mais ativa e consciente na gestão financeira. Ainda assim, 22% mantem os mesmos hábitos e 5% admite nunca ter refletido sobre possíveis mudanças.
No que diz respeito a reduzir os gastos, 24% dos participantes diminuiu as despesas fora de casa, nomeadamente em restaurantes, lazer e transportes. Outros 22% optam por comprar em promoções ou descontos e 19% recorrem à comparação de preços antes da compra. Por sua vez, 18% preferem marcas brancas ou genéricos e 14% reduziram os consumos domésticos, como a energia, a água e a alimentação.
Quando questionados sobre quais as formas de investimento que preferem, 40% revela que não investem as suas poupanças, mantendo o dinheiro parado ou em contas de depósito simples. Dos inquiridos que investem, 32% escolhem produtos de baixo risco, como os depósitos a prazo, certificados de aforro ou obrigações, favorecendo a segurança em detrimento do retorno. 12% aplica as suas poupanças em produtos de risco moderado e uma pequena percentagem assume um risco mais elevado, investindo em ações e criptomoedas, ou diversifica os investimentos, distribuindo o capital por diferentes níveis de risco (8% nos dois casos).
A literacia financeira continua a ganhar espaço entre os portugueses. Metade dos entrevistados (50%) consome conteúdos sobre finanças pessoais ocasionalmente, mostrando um interesse generalizado, ainda que não sistemático, em aprender mais sobre este tema. Para além disso, 19% fazem-no com regularidade, exibindo um esforço contínuo na busca de conhecimento financeiro. No entanto, 17% refere não consumir este tipo de conteúdo, mas tem interesse em começar, o que aponta para um potencial crescimento na procura por informação financeira acessível. Somente 14% não tem interesse em temáticas relacionadas com a literacia financeira.









