Cultura Inclusiva: quais os verdadeiros benefícios?
Desenvolver uma cultura verdadeiramente inclusiva vai muito além de simples políticas ou declarações de intenção. Trata-se de criar um ambiente onde todas as pessoas se sintam valorizadas, respeitadas e capacitadas a contribuir com as suas capacidades e perspetivas únicas. Uma cultura inclusiva não é apenas a ausência de discriminação, é a presença ativa de práticas que promovem a equidade, a diversidade e a participação de todos, independentemente das suas origens ou circunstâncias.
É um compromisso constante com a criação de espaços onde a diferença não é apenas tolerada, mas celebrada como um fator de enriquecimento para a organização. Envolve a remoção de barreiras, sejam elas visíveis ou invisíveis, que possam impedir alguém de participar plenamente. Isso requer uma abordagem consciente para identificar e corrigir enviesamentos, reconhecer privilégios e garantir que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas. Onde cada um, pode viver e sentir aquilo a que chamamos de um verdadeiro sentido de pertença.
Criar uma cultura verdadeiramente inclusiva significa transformar a organização num reflexo da sociedade que se quer construir: diversa, justa e acolhedora para todos. E um processo contínuo de aprendizagem, adaptação e crescimento que resulta em equipas mais inovadoras, resilientes e, acima de tudo, humanas.
Mais do que um conceito, uma necessidade prática
Na era atual, promover uma cultura inclusiva dentro das organizações deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade estratégica. As empresas que realmente entendem e implementam práticas inclusivas cultivam ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos e destacam-se no mercado, atraindo e retendo os melhores talentos. Para avançar nesta jornada, é essencial abordar a diversidade como uma realidade complexa e multifacetada, acolher as diferenças, derrubar mitos e enviesamentos, identificar barreiras e facilitadores, e, finalmente, implementar estratégias que transformem a teoria em prática. Este processo exige mais do que apenas boa vontade. Requer um compromisso contínuo com a mudança cultural, o desenvolvimento de políticas inclusivas e a implementação de práticas que desafiem preconceitos e fomentem a inclusão. Programas como o IN Culture da Academia Salvador são exemplos concretos de como as organizações podem adaptar e aplicar esses principios de forma eficaz, capacitando equipas e organizações a construírem e abraçarem equipas verdadeiramente diversas e inclusivas.
A força da Diversidade: perspetivas que transformam e inovam
A diversidade não se restringe a questões de género, etnia, deficiências ou idade. Ela engloba uma vasta gama de diferenças, desde experiências culturais até formas de pensar e abordar problemas. Esta multiplicidade de perspetivas é um dos maiores ativos de uma equipa, pois alimenta a inovação e permite uma melhor adaptação às mudanças constantes do mercado.
Mas quais são os benefícios reais de uma cultura inclusiva?
Segundo um estudo da McKinsey & Company, empresas com maior diversidade de género têm 25% mais probabilidade de superar os seus pares em termos de rentabilidade. Além disso, as organizações que promovem ambientes diversos e inclusivos relatam um aumento de 35% na inovação, essencial para responder às rápidas mudanças do mercado atual. Estudos também indicam que a inclusão impulsiona criatividade e inovação (Carmeli et al, 2010; Leroy et al, 2021) e ajuda na gestão do stress (Ahmed et al., 2020, 2021). No contexto organizacional, equipas lideradas de forma inclusiva são mais colaborativas e produtivas (Randel et al., 2018: Mitchell e al., 2015), resultando em melhores indicadores de desempenho e satisfação do cliente (Hirak et al., 2012; Jackson & Ruderman, 2015). Estes e outros dados provenientes dos inúmeros estudos já desenvolvidos, provam que a inclusão não é apenas uma questão ético social: é um motor essencial ao crescimento e competitividade sustentáveis.
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Carolina van Zeller