31% dos consumidores afirma que as crianças começaram a utilizar telemóveis, computadores ou tablets a partir dos 12 anos. Contudo, 35% impõe limites de tempo online
Na data em que se celebra do Dia Mundial da Criança, a Escolha do Consumidor desenvolveu um estudo que explora os hábitos de consumo dos portugueses neste dia tão especial e a relação das crianças com a tecnologia. Esta análise identifica os principais produtos oferecidos, qual o orçamento estipulado para os presentes, a idade de acesso às tecnologias por parte das crianças e quais as aplicações mais utilizadas pelas crianças, entre outros temas.
Grande parte dos inquiridos, planeia oferecer roupa ou calçado neste dia (30%), seguindo-se a opção de livros ou materiais educativos (26%) e brinquedos tradicionais, como por exemplo os jogos de tabuleiro e bonecos (25%). Apesar da crescente presença da tecnologia no universo infantil, somente 8% dos entrevistados tenciona oferecer brinquedos tecnológicos, que vão desde smartwatches a robôs, e 6% opta por gadgets, como auriculares ou tablets. Por fim, 5% das respostas incluem diversas sugestões: almoços, produtos de beleza, camisolas do Sporting, passeios, convívios, fazer um bolo ou caças ao tesouro.
Estes presentes destinam-se maioritariamente aos filhos (39%) e sobrinhos (29%). Já 19% dos consumidores indica outros familiares e 13% planeia presentear os netos. Quanto ao orçamento destinado para os presentes, 43% prevê gastar entre 25€ a 50€, enquanto 31% aponta para um valor inferior a 25€. Para 18%, a intenção de despesa encontrar-se entre 51€ a 100€, sendo que apenas 8% prevê um gasto superior a 100€. Em relação ao ano passado, 55% dos participantes indica que vai gastar o mesmo, 26% acredita que vai gastar mais e 12% espera gastar menos. Existe ainda uma percentagem dos inquiridos que não sabe quanto vai gastar em comparação com 2024 (7%).
“Este estudo demonstra como os pais continuam a procurar um equilíbrio entre a tradição e a modernidade. A tecnologia tem vindo a conquistar cada vez mais espaço no mundo infantil, mas os consumidores portugueses mantêm uma clara preferência por presentes com valor educativo ou emocional. Estes dados são essenciais para compreender como as famílias lidam, hoje em dia, com os desafios de educar os seus filhos em plena era digital”, explica Cristiana Faria, Diretora de Marketing da ConsumerChoice.
Relativamente ao acesso às diversas tecnologias, 31% dos consumidores refere que as crianças começaram a utilizar dispositivos como telemóveis, computadores ou tablets a partir dos 12 anos. As faixas etárias dos 9 aos 11 anos e dos 6 aos 8 anos ocupam o segundo e terceiro lugar (21% e 13%, respetivamente). Cerca de 11% assinala também o início do uso de tecnologias por parte das crianças entre os 3 aos 5 anos e 6% alude para uma idade inferior aos 3 anos. Por outro lado, 18% dos inquiridos afirma que as crianças ainda não têm acesso a este tipo de tecnologias.
Os limites de tempo online para as crianças são outras das temáticas abordadas no estudo, com 35% dos entrevistados a referir que existem limites, mas com alguma flexibilidade. No entanto, 24% impõe horários definidos, no que diz respeito à gestão do tempo passado online, e 17% não estabelece qualquer tipo de limites. Para além disso, esta questão não se aplica à realidade de 24% dos participantes.
Quando questionados sobre quais as aplicações mais utilizadas pelas crianças, YouTube Kids é a mais mencionada (22%). Netflix ou outras plataformas de streaming e o WhatsApp (nos dois casos com 20%), o TikTok (17%), jogos educativos (11%) e Roblox (7%) também são destacadas pelos consumidores. Os restantes inquiridos apontam aplicações como Duolingo, Piano Learn, Number Blocks, Instagram, PlayStation ou referem que os filhos não utilizam redes sociais (3%).
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