• O evento “Descarbonização do Transporte Marítimo”, organizado pela Fundação Repsol em parceria com a Associação dos Portos de Portugal, reuniu, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, os principais líderes e especialistas do setor.
  • Contou com a presença de figuras como João Rui Ferreira, Secretário de Estado da Economia, António Calçada de Sá, Diretor Geral da Fundação Repsol, e Carlos Correia, Presidente da Administração do Porto de Lisboa, entre outros players relevantes.
  • Dois painéis de discussão abordaram a descarbonização das infraestruturas e as inovações tecnológicas, com intervenções da Associação dos Portos de Portugal e Administração do Porto de Lisboa, de representantes da Repsol Portugal, entre outros.

A “Descarbonização do Transporte Marítimo” foi o mote para o evento da Fundação Repsol em parceria com a Associação dos Portos de Portugal, que teve lugar no dia 20 de novembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. A iniciativa contou com a presença de João Rui Ferreira, atual Secretário de Estado da Economia, de António Calçada de Sá, Diretor Geral da Fundação Repsol, de Carlos Correia, Vogal do Conselho Fiscal da Associação dos Portos de Portugal e Presidente da Administração do Porto de Lisboa, para além de outras entidades chave no setor.

Através da partilha de experiências, conhecimentos e perspetivas sobre a descarbonização do setor — responsável, segundo a Agência Internacional de Energia Renovável, por 90% do comércio internacional e cerca de 3% das emissões globais de gases com efeito de estufa (GEE) — reuniram-se, em Lisboa, alguns dos principais players nacionais do transporte marítimo.

O evento surge, neste contexto, como uma plataforma de partilha entre os diversos intervenientes neste mercado, de forma a debater questões relacionadas com tecnologia e infraestruturas e, também, decisões políticas e institucionais com impactos na pegada ambiental do setor.

António Calçada referiu que “O transporte marítimo desempenha um papel vital na transição energética. É um setor intimamente ligado à tecnologia e à indústria e um setor fundamental para a economia nacional. Portugal tem uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas e pode e deve, por isso, desempenhar um papel de liderança na procura e desenvolvimento de soluções para a transição energética.”

Também João Rui Ferreira, atual Secretário de Estado da Economia, marcou presença no evento e reforçou que “Investir em tecnologias limpas, digitalização e eficiência energética não é apenas uma necessidade. É uma oportunidade para consolidar Portugal como um líder em inovação portuária e transporte marítimo sustentável.”

Armando Oliveira, Admnistrador-delegado da Repsol Portuguesa encerrou a sessão, assinalando a importância do debate do tema, referindo que “Os combustíveis renováveis são uma solução imediata para a descarbonização de todos os setores do transporte. Já existem muitas soluções, e, por isso, o nosso país deve ser capaz de responder de forma eficiente às diferentes necessidades energéticas”, concluiu.

Por outro lado, Carlos Correia, Vogal do Conselho Fiscal da Associação dos Portos de Portugal e Presidente da Administração do Porto de Lisboa, comentou que “na estratégia para os portos nacionais é consensual que, estes, além de serem plataformas logísticas e de transporte, devem evoluir no sentido de serem hubs energéticos e digitais”, e acrescenta que “além do transbordo e da logística, o futuro dos portos nacionais reside no desenvolvimento do seu papel fundamental como polos de energia, para a economia circular, para a comunicação e para a indústria”.

Com um programa recheado, foi possível alavancar a importância da inovação tecnológica e da colaboração no setor marítimo para alcançar objetivos de sustentabilidade e descarbonização. Os especialistas defenderam que uma visão alinhada no setor marítimo é crucial para enfrentar os desafios globais e aproveitar as oportunidades emergentes. Esta abordagem implica uma estratégia coordenada entre todos os atores do setor, desde armadores e operadores portuários até autoridades reguladoras e instituições de pesquisa. A par disso, foi também abordada a cooperação ibérica, essencial para fortalecer a posição estratégica da Península Ibérica como porta de entrada para a Europa, através do desenvolvimento de projetos conjuntos de inovação e sustentabilidade e da otimização das rotas comerciais e do aumento da eficiência logística. Foi assinalado que Portugal, para além da posição geográfica estratégica, tem também o conhecimento, a experiência, as infraestruturas e as estratégias para se tornar líder em inovação portuária.

A adoção de várias alternativas energéticas no setor reveste-se, por isso, de extrema importância para o desenvolvimento sustentável deste setor, impulsionada por regulamentações, incentivos e objetivos ambiciosos de redução de emissões a nível global.

O evento elevou a qualidade das discussões através de um quadro de especialistas provenientes do setor energético, como a Repsol, de atores no transporte marítimo, como a DNV Maritime, de associações, como a Associação dos Portos de Portugal (APP), da administração pública, com a Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, e do setor académico, como a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, constituindo uma abrangente representação dos stakeholders do setor.

Open Room, uma comunidade de referência na transição energética

Esta conferência faz parte do Open Room, uma plataforma da Fundação Repsol dedicada ao debate e ao conhecimento rigoroso sobre os pilares da transição energética, que está a celebrar o seu terceiro aniversário.

O Open Room integra o trabalho realizado pela Fundação Repsol nos últimos anos, durante os quais foram realizadas 200 iniciativas, entre cursos, eventos e webinars. Durante estes eventos colaboraram 60 parceiros de diferentes setores, participaram 900 oradores de referência do âmbito empresarial, académico e institucional, tanto a nível nacional como internacional, e estão registados 35.000 utilizadores.