Em 2026, o mercado mundial da alimentação vegan deverá valer 24 mil milhões de dólares (aproximadamente 21,4 mil milhões de euros), sendo que no ano passado chegou já aos 13,2 mil milhões de dólares (11,8 mil milhões de euros). Isto significa que no espaço de sete anos, o valor poderá saltar 9,1%, de acordo com dados da Global Data, graças a uma revolução na dieta que ainda está a dar os primeiros passos: 70% da população está a reduzir o consumo de carne.

Nos Estados Unidos da América, por exemplo, registou-se um aumento de 600% entre 2014 e 2017 no número de pessoas que se identifica como vegan. Do outro lado do planeta, na Austrália, perto de 2,5 milhões de pessoas (12% da população) tem uma dieta à base de plantas, sendo o terceiro mercado vegan que mais rápido cresce. O país com mais vegetarianos, por seu turno, é a Índia: 38% das pessoas identifica-se como vegetariana.

Mas qual a diferença entre vegan e vegetariano? As descrições variam, mas a mais consensual parece ser de que os consumidores vegan não comem qualquer tipo de produto de origem animal, incluindo ovos ou mel. Os vegetarianos, por outro lado, não comem carne mas aceitam alguns tipos de derivados, como é o caso do queijo. Juntam-se ainda os flexitarianos, que optam em grande parte por uma alimentação de base vegetal mas que, por vezes, incluem carne.

Dados compilados pelo site Visual Capitalist mostram ainda que a Alemanha é o país com o maior número de novos lançamentos no campo da comida e bebida vegan em todo o Mundo. Ultrapassa mesmo o Reino Unido e os Estados Unidos da América. Ainda no Velho Continente, destaque também para a Irlanda, cuja capital apresenta uma taxa de 21% de restaurantes vegan-friendly.

Os motivos que levam alguém a mudar a sua dieta variam de pessoa para pessoa, podendo ir desde questões de saúde a preocupação com o ambiente ou com o bem-estar dos animais. Seja qual for a razão, o impacto na sociedade parece ser benéfico: segundo a National Academy of Science, se mais pessoas optarem por um estilo de vida à base de plantas, a mortalidade global poderá cair entre 6 e 10% até 2050. Também por essa altura, as emissões de gases de efeito de estufa poderão recuar 29 a 70% e a economia poderá ganhar até 31 milhões de milhões de dólares (27,6 milhões de milhões euros).

Considerando o interesse crescente por parte dos consumidores, não é de estranhar que as grandes empresas se queiram juntar ao movimento. Nestlé, McDonald’s e Danone estão entre as multinacionais que decidiram desenvolver novos produtos com os consumidores vegan e vegetarianos em mente ou estabelecer parcerias com marcas como Beyond Meat.

Há, porém, ainda alguns obstáculos a contornar para que as alternativas à carne se possam tornar acessíveis a todos. Excluindo os legumes e vegetais na sua forma natural, dados da Barron mostram que os produtos vegetarianos (hambúrgueres já preparados, por exemplo) são mais caros do que a carne.

 

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