Depois de inquirir 800 estrategas seniores em agências de todo o mundo, a WARC concluiu que são quatro as tendências a ter em atenção. De acordo com o “The Future of Strategy Report 2019”, os profissionais responsáveis pelo lado estratégico das agências estão a ser impactados por mudanças na experiência de consumo e na forma como o seu trabalho é visto, por exemplo.

«Assistimos a um foco crescente na experiência do cliente, cada vez mais concorrência por parte de organizações que não são agências e uma batalha que não cessa pelo valor certo» destes profissionais, resume Amy Rodgers, managing editor, Research & Rankings na WARC, organismo dedicado à eficácia na publicidade e media.

Eis as quatro tendências apuradas:

1 – A ascensão da Customer Experience (CX). Diz a WARC que a experiência do cliente está a dominar a agenda dos departamentos de Marketing: cerca de metade dos estrategas inquiridos está a trabalhar mais esta área este ano. Além disso, os profissionais vêem a CX com uma oportunidade para adquirir novas competências e criar novas experiências de marca;

2 – Maioria dos estrategas quer deixar a vida de agência. O crescimento da CX está a aumentar a procura por serviços de estratégia de consultoras, que aproveitam as suas ferramentas tecnológicas e de recolha de dados para se posicionarem como especialistas em experiência. Isto faz com que o leque de opções aumente para estrategas que queiram deixar a vida de agência e abraçar um novo desafio numa consultora: 63% dos inquiridos não crê que o seu próximo emprego seja numa agência;

3 – Falta de clareza mina o valor da estratégia. Esta vontade de mudar de vida poderá ser exacerbada pela percepção de que a estratégia não é valorizada nas agências. Segundo a WARC, vender o valor dos serviços de estratégia aos clientes das agências é um desafio, em parte devido à falta de clareza relativamente ao que está em causa;

4 – Apesar de todos os dados disponíveis, os humanos ainda são necessários. 92% dos estrategas inquiridos pela WARC acreditam que poderiam ser melhores no seu trabalho se tivessem acesso a mais dados. No entanto, os dados por si só darão origem a campanhas de publicidade previsíveis e pouco entusiasmantes. Os estrategas devem manter uma ligação ao mundo real e tirar partido do facto de serem humanos e da forma como compreendem os consumidores.

«Existe uma ideia generalizada de que data é igual a insight e orientação estratégica. Mas no contexto da criatividade, os dados são inúteis sem imaginação», sublinha Emily Rule, Strategy director na BBh London.
 

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