Em 2050, a economia da Índia será maior do que a norte-americana, a China dominará 20% do Produto Interno Bruto (PIB) global e a Indonésia será uma das cinco maiores potências mundiais.
Um relatório da PriceWaterhouseCoopers (PwC) conclui que, naquele ano, os mercados emergentes vão dominar as 10 maiores economias mundiais, com as sete maiores economias emergentes a serem responsáveis por metade do PIB global. Já a Europa (sem Reino Unido) irá representar menos de 10%.
De acordo com a PwC, a economia mundial deverá duplicar em 2042, crescendo 2,6% ao ano, entre 2016 e 2050, impulsionada por países como a China, o Brasil, a Indonésia, o México, a Rússia e a Turquia (os E7).
A China irá continuar a ser a maior economia do mundo, mas os Estados Unidos serão ultrapassados pela Índia, que passará a ocupar a segunda posição. A Indonésia vai trocar com o Japão e passará de oitavo para quarto lugar e a Alemanha descerá de quinto para nono, sendo substituída pelo Brasil. “Os mercados emergentes vão continuar a ser o motor de crescimento da economia global. Em 2050, as economias do E7 podem ver crescer o peso do seu PIB na economia global de cerca de 35% para 50%”, frisa o relatório.
Os Estados Unidos e a Europa vão perder terreno para a China, que será responsável por 20% do PIB, em 2050, face aos 18% atuais. Os Estados Unidos vão cair de 16% do PIB mundial para 12% e a Europa a 27 passará de 15% para 9%. O Reino Unido tem potencial para ultrapassar o crescimento médio da Europa a 27, assim que se dissipe o impacto do Brexit, apesar do país com maior crescimento da União Europeia ser a Polónia.
O Vietname será a economia que mais irá crescer, passando do 32.º para o 20.º lugar, num salto de 12 posições. A Nigéria, por seu turno, também irá registar um forte crescimento, passando a ocupar a 14.ª posição e subindo oito lugares.
A PwC analisou as 32 maiores economias do mundo, atualmente responsáveis por 85% do PIB mundial, e as projeções são otimistas, embora com algumas ressalvas. “Para conseguir este potencial de crescimento, os países emergentes têm de implementar reformas estruturais para melhorar a estabilidade macroeconómica, diversificar as economias além dos recursos naturais nacionais (que é a situação atual) e ainda desenvolver medidas mais efetivas quer a nível político quer a nível judicial”.
Em 2050, a França já não estará entre as maiores economias do mundo, com o Reino Unido a cair para a 10.ª posição. Seis das sete maiores economias do mundo serão dos mercados emergentes, à frente do Reino Unido e da França. Países como o Paquistão e o Egito poderão ultrapassar a Itália e o Canadá, estima a PwC, que indica que muitas das economias emergentes serão suportadas pelo rápido crescimento das populações.