90% dos consumidores europeus comparam preços antes de comprar, liderados pelos portugueses (97%) e com os dinamarqueses por último (73%), revelam os dados do Cetelem.
Além disso, 85% dos europeus estão a levar mais tempo para pensar antes de comprar. Mais uma vez, os portugueses, juntamente com os eslovacos, são os mais aplicados (91%). No caso de Espanha, 87% dos entrevistados dizem que gastam cada vez mais tempo no processo de compra.
No final, é a dúvida que domina quando se trata de passar à ação. 79% dos europeus exprime ter dúvidas antes de comprar. Os consumidores ibéricos, junto com os eslovacos, destacam-se a este respeito (89% para Portugal e 88% para Espanha e Eslováquia), enquanto que os dinamarqueses se mostram menos indecisos.
Por outro lado, o relatório reflete uma recuperação da confiança no futuro, já que a intenção de consumir mais retornou a níveis anteriores a 2008. A Eslováquia é o país que mais confiança tem em aumentar o consumo, com 72%, à frente da Bulgária (69%), Polónia (66%) e Roménia (62%).
Quanto à evolução do poder de compra, quase metade dos europeus consideram que o seu poder de compra permaneceu estável. Um terço acha que tem descido, enquanto um quinto pensa ter aumentado. Os consumidores espanhóis estão entre os mais otimistas, com 21% a acreditar que o seu poder de compra aumentou (mais cinco pontos).
No entanto, na resposta à questão de “Qual é o estado de ânimo atual dos europeus?”, desconfiança e ansiedade são os dois adjetivos mais citados pelos entrevistados, com 35% e 34% de menções, respetivamente.
Por outro lado, embora a esperança seja citada por 28% dos europeus, há algum desânimo (27%). O entusiasmo (6%), a coragem (7%) e a combatividade (9%) são um pouco ausentes.
Os espanhóis destacam-se acima da média europeia por serem mais otimistas sobre a situação do seu país durante os próximos dois anos. 32% dos entrevistados espanhóis pensam que Espanha vai melhorar nesse período, em comparação com 19% da média europeia, sendo Portugal um dos países mais otimistas a este respeito. É significativo assinalar que a percentagem dos que pensam que a situação vai piorar é um pouco maior, chegando a 34%, mas muito abaixo da média.