Portugueses são “os mais disponíveis” a partilhar informações para ultrapassar pandemia

Em nove países europeus, os portugueses são os que admitem estar mais disponíveis (58%) para partilhar os seus dados de saúde, localização e contacto, para ajudar o país a ultrapassar a pandemia.

A possibilidade de voltar a viajar para o estrangeiro é um fator que motiva quase um quarto dos portugueses (22%) a partilhar os seus dados de saúde, assim como assistir a eventos (13%) ou visitar um bar ou restaurante (10%).

São as conclusões do mais recente estudo da Kaspersky que visa explorar a importância e as preocupações de 8.000 consumidores em nove países europeus – onde se inclui Portugal – em relação à privacidade de dados pessoais após a pandemia.

Os consumidores portugueses estão dispostos a fornecer dados pessoais para sair completamente da crise pandémica global. Aliás, não só mais de metade (58%) ficaria feliz em partilhar informações sobre a sua saúde, localização e contacto para ajudar o país a superar a pandemia, como a possibilidade de voltar a viajar para o estrangeiro é um fator que motiva quase um quarto dos mesmos (22%) a partilhar os seus dados de saúde, assim como assistir a eventos (13%) – como, por exemplo, concertos – ou visitar um bar ou restaurante (10%).

Este cenário coincide com a abordagem geral dos países sobre a privacidade de dados, apesar de apenas 36% dos franceses estar disponível para confiar informações pessoais ao seu Governo, em comparação com 40% dos espanhóis e 47% dos europeus em geral.

Em relação à preocupação global com a privacidade dos dados, a maioria dos portugueses considera que a mesma é importante, mas menos de metade acredita que realmente controla o número de organizações que têm acesso aos seus dados pessoais. Por outro lado, a maioria teme que os seus dados possam cair nas mãos erradas nos próximos dois anos.

A possibilidade de regressar a centros comerciais é a menos atrativa para os inquiridos portugueses, uma vez que apenas 9% estão dispostos a partilhar dados para esta circunstância. Curiosamente, são os grupos em idade mais jovem – aqueles que, provavelmente, sentiram mais alterações na sua vida devido às restrições da pandemia – que estão mais dispostos a partilhar os seus dados de saúde em troca de qualquer liberdade: Geração Z (74,3%) e Millennials (73,5%), seguidas pela Geração X (71,7%)


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