O orçamento médio dos portugueses para este Natal é de 374 euros, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM). O valor fica apenas ligeiramente abaixo do verificado em 2019, quando as expectativas de gastos apontavam para uma média de 385 euros.

«Quando analisada a variação dos valores gastos ao longo dos anos em compras de Natal, verifica-se uma oscilação significativa. Em 2009, os portugueses previam gastar 490 euros, mas, 11 anos depois, este valor diminuiu consideravelmente, fruto da conjuntura socioeconómica», comenta Mafalda Ferreira, docente do IPAM e coordenadora da análise.

O que muda significativamente, porém, é o meio. Do total de inquiridos, 30% admite fazer as suas compras de Natal exclusivamente online, o que contrasta com os 6,1% registados no estudo referente a 2019.

Mafalda Ferreira considera que esta não é uma alteração estranha, tendo em conta o contexto de pandemia. Ainda assim, «os portugueses estão com sentimentos negativos face ao consumo, que se acentuaram nesta época natalícia, e estes valores são um reflexo disso».

Subsídio de Natal: sim ou não?

Segundo o estudo, 28% dos inquiridos não irá receber o subsídio de Natal por esta altura, impactando de forma negativa o consumo nesta época. Dos que recebem subsídio de Natal, 15,6% prevê despender de 51% a 75% em compras; 5,8% planeia gastar a totalidade do subsídio; e 8% pretende poupá-lo.

Para quem são os presentes?

O IPAM indica ainda que as crianças são privilegiadas nos agregados familiares com filhos (55% dos inquiridos) na totalidade dos casos analisados neste estudo. Ainda assim, não constituem o único destinatário dos presentes de Natal: 75% tenciona comprar uma prenda para o cônjuge e 62% aponta para os pais, irmãos e outros familiares. Apenas 30% dos inquiridos refere a intenção de comprar algo para amigos.

Quanto ao tipo de presentes, os brinquedos (48%) destacam-se quando o objectivo é oferecer algo a crianças até aos 12 anos. Seguem-se as roupas e sapatos (20%) e os livros (8%). Para os adolescentes (entre os 12 e os 18 anos), a categoria líder diz respeito a roupa/sapatos (32,1%), à frente de jogos electrónicos (16%) e acessórios (8%). Para os adultos, roupa/sapatos (30%) surgem de novo em primeiro lugar, seguidos de acessórios (21%) e livros (16%).

 

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