Desde o início do ano e até 9 de novembro (o dia em que o País regressou ao estado de emergência), o Portal da Queixa recebeu 6103 reclamações dirigidas ao setor da Saúde, o que representa um aumento de 71% face ao mesmo período do ano passado. Apenas 21% das queixas estão relacionadas com a COVID-19.

De acordo com o Portal da Queixa, o setor privado regista 64,9% do total de reclamações (3962), enquanto o setor público é alvo de 35,1% (2141) das queixas. A liderar o maior volume de reclamações recebidas estão os planos e seguros de saúde (1261), as farmácias (932), os hospitais e maternidades (930) e os grupos de saúde privados (824).

O destaque, no entanto, vai para as farmácias que, comparativamente com o período homólogo, registaram o maior crescimento do número de queixas: uma subida de 231%. «No início da pandemia, as farmácias foram um forte alvo de reclamação junto do Portal da Queixa. Os problemas relacionados com a venda de máscaras geraram 58% das queixas registadas e os preços praticados no álcool gel desinfetante originaram 37% das reclamações», explica a entidade.

Quanto aos principais motivos de reclamação dos consumidores, estão a dificuldade de marcação de consulta apontada aos centros de saúde (56% do total de queixas dirigidas a estes organismos). Nos hospitais públicos, o mau atendimento é o motivo reportado em 21% das reclamações, enquanto nos hospitais e clínicas privadas, os portugueses apresentaram queixas sobre facturação errada (43%), sobre cobrança de taxas para kits de proteção (23%) e mau atendimento (12%). Já nos laboratórios de análises clínicas, os problemas gerados com o rastreio à COVID-19 geraram 27% das reclamações.

 

Fonte


Conheça aqui o projeto de Marketing Escolha do Consumidor