Indicadores dos últimos 30 dias refletem ligeira desacelaração mas o aumento da confiança e estabilização do clima económico fazem antever a continuação do crescimento em 2018.
A confiança dos consumidores voltou a aumentar em Outubro e Novembro, após ter interrompido por breves meses a trajetória positiva observada desde 2013. Estes resultados mais recentes devem-se à boa evolução do emprego em Portugal (já está abaixo da média Europeia) e aos setores da indústria transformadora e do comércio e serviços.
Resumo das principais notícias/indicadores económicos (últimos 30 dias):
- Confiança dos Consumidores aumenta e Clima Económico estabiliza;
- Desemprego continua a cair e situa-se agora nos 8,5%;
- Inflação (IHPC) continua a acelerar e situa-se nos 1.9% (variação homóloga);
- Volume de Negócios nos Serviços com variação positiva enquanto o Volume de Negócios na Indústria desacelerou;
- Vendas no Comércio a Retalho abrandam devido a quebra nas vendas de Produtos não Alimentares;
- Vendas online continuam a subir: 34% dos portugueses já fazem compras através de canais digitais (+130% face a 2010).
Perspetivas para 2018: mais crescimento (com ligeiro abrandamento), clima económico estável e aumento da inflação. Taxas podem começar a subir.
O enquadramento macroeconómico previsto pelo Governo aponta para um crescimento da economia de 2.2% (abaixo de 2017) devido a um abrandamento generalizado da atividade económica, em particular do investimento e das exportações. Apesar deste abrandamento, as perspetivas sugerem um ambiente económico estável tanto para empresas como para consumidores (desemprego deve continuar baixo). O Banco Central Europeu já antecipou uma redução do programa de compra de ativos e subidas nas taxas de referência para 2018 e 2019 (a inflação está a aumentar), o que poderá fazer subir as taxas de financiamento.
Fonte: Instituto Nacional de Estatística