A associação de defesa do consumidor apresentou os números das queixas registadas em 2017.
As telecomunicações estão novamente no topo da lista, o que acontece há mais de uma década a “complicar a vida dos portugueses”, como refere a DECO. Mas as compras online estão logo a seguir, e a falta de entrega ou atraso dos produtos são as queixas mais recorrentes nesta área.
Segundo a associação, em 2017 mais de 42 mil portugueses tinham recorrido à Associação de Defesa do Consumidor para procurar informação e apoio para a resolução dos seus conflitos, e as questões são bastante variadas. Mas há boas notícias. A DECO refere que 80% dos 405.000 portugueses que já recorreram aos serviços conseguiram ver o conflito em causa resolvido.
A Associação diz ter ajudado os consumidores a não pagarem 1 milhão e 25 mil euros em 2017.
Durante o último ano, o aumento ilegal dos preços e a oferta de serviços não solicitados foram os motivos de queixa mais frequentes. Para a DECO, a oferta de serviços não solicitados, e pagos pelo consumidor, além de ser uma prática comercial desleal, “representa mais um exemplo da postura das operadoras”, refere numa nota enviada à imprensa.
No sector da Compra e Venda, o segundo mais reclamado (26.194), a Associação destaca a falta de entrega ou atraso dos produtos, a recusa de cancelamento da compra dentro do período de reflexão e a ausência de reembolso nas vendas pela internet.
Em 2017 os portugueses reclamaram também mais de transportes. Os transportes públicos coletivos duplicaram o número de reclamações recebidas pela DECO, sobretudo com recurso à plataforma queixasdostransportes.pt, versando os atrasos, cancelamentos, supressão e alteração de percursos e horários dos transportes em todo o País. No transporte aéreo, o caso RYANAIR merece especial referência.
Em Setembro, milhares de passageiros viram o seu voo cancelado. A DECO, representando os consumidores junto desta operadora, conseguiu que recebessem a devida indemnização, num total de 35 mil euros.
Fonte: ACEPI