Presente, há dez anos, em Portugal, a Escolha do Consumidor tem vindo a observar a evolução dos consumidores, quer a nível comportamental, quer a nível social, mas também das empresas e da forma como estas contribuem para a evolução e dinâmica do mercado e do consumidor. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Borralho, CEO da Consumer Choice, salienta o contributo para a evolução das marcas e para informação do consumidor.
Qual o impacto da Consumer Choice no mundo empresarial ao longo destes dez anos?
Ao longo destes dez anos, foram muitas centenas de categorias de mercado e milhares de marcas analisadas, pelo que o nosso maior contributo foi, seguramente, o que demos para a evolução de todas as marcas. Transmitimos-lhes a avaliação e opinião dos consumidores portugueses e através delas (avaliação e opinião), as marcas puderam melhorar os seus produtos e serviços, a forma como se relacionam como o consumidor, seja no atendimento, serviço e até mesmo na forma como comunicam. Cremos que também contribuímos para um melhor consumidor, mais informado, mais participativo.
Sendo o consumidor o júri de todo o processo, o produto torna-se mais credível e confiável para um público cada vez mais exigente?
Claramente. A nossa metodologia é o nosso melhor ativo e os estudos independentes que temos feito nestes anos, provam que a Escolha do Consumidor é o mais credível, isento e prestigiado de todos os sistemas de avaliação que existem no mercado.
A partir do momento que, todos os anos, nos preocupamos em avaliar o comportamento e evolução do consumidor e também a avaliar as marcas no mercado, somos um sistema atual e confiável para as marcas e para o consumidor. E o facto do consumidor reconhecer isso, é ainda mais relevante para as marcas que são Escolha do Consumidor.
A Consumer Choice valoriza as marcas, cria meios para que o consumidor se expresse, para que avalie as marcas e divulgue as marcas que mais o satisfazem. Considera que o contexto atual provocou alterações nas tendências e hábitos de consumo?
Provocou, obviamente. Não há como ficar indiferente e foi-nos possível analisar os hábitos de consumo dos portugueses, antes e depois do início da crise do coronavírus. Se determinadas tendências indicavam já, há muitos anos, consumidores que viviam à velocidade da forma como interagem tactilmente, este período que vivemos veio acelerar esse comportamento e associá-lo a outros fatores, maioritariamente on-line. Vou deixar apenas alguns exemplos e conceitos: teletrabalho, consultas médicas e escola on-line: são três das atividades que os portugueses não conheciam em profundidade antes da Covid-19. A sua utilização tornou-se uma obrigação neste novo estilo de vida que tivemos todos que adotar em função da pandemia. Compras on-line o novo normal – já comprávamos ocasionalmente ou regularmente on-line antes da crise. Mas os sucessivos confinamentos vieram acelerar este comportamento e o e-shopping veio para ficar. Redes sociais para compensar a falta de socialização – usamos mais as redes sociais desde março de 2020, com especial enfoque no WhatsApp e Instagram que tiveram aumento superior ao Facebook, que mesmo assim ainda lidera nas preferências. Temos quase tudo à porta – Delivery, Click & Collect já eram conceitos bons o suficiente, explorando os fatores de comodidade, simplificação e diversidade que cada vez mais seduzem os consumidores. Quase dois anos de pandemia depois, estes serviços fazem, hoje, cada vez mais parte do nosso estilo de vida. No entanto, há um novo paradigma que veio salvar muito comércio de proximidade: juntou-se a necessidade e a responsabilidade de consumo para apostarmos na continuidade de compra nos pequenos comerciantes locais. Vivemos dentro de um ecrã – esta nova realidade trouxe-nos toda uma necessidade de viver desde o entretenimento ao bem-estar dentro de um ecrã. O Instagram transformou-se numa sala de workshops que foram do exercício físico às dicas de beleza e até receitas, trazendo toda uma nova oportunidade a uma geração de influenciadores e marcas que aproveitaram para criar uma maior relação com os seus públicos.
Com grande notoriedade em Portugal, a Escolha do Consumidor avançou para Espanha, sendo uma marca com um posicionamento a nível ibérico. Como se dá esta expansão e que objetivos estão traçados?
Durante 2020, fechamos um acordo de licenciamento da marca para Espanha, mas face à situação pandémica, o nosso parceiro local não quis arriscar e por isso arriscámos nós e bem. Em Espanha, fizemos uma edição experimental junto de segmentos muito fortes e conquistámos muitas marcas com a nossa metodologia e posicionamento. É um mercado difícil, mas no qual vamos continuar a apostar para ter como exemplo para outros países onde já estudámos a nossa entrada.
Portugueses escolheram 152 marcas Escolha do Consumidor 2022. Sabe mais aqui
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