Considerando que a Saúde é um setor que tem procurado acompanhar a evolução tecnológica na era digital mas que enfrenta agora os desafios trazidos pela digitalização, a EY Portugal divulgou as 7 Top tendências e que passam por:

 

Centralização no consumidor/paciente e desenho de novas experiências de interação – O paciente é cada vez mais um consumidor de serviços de saúde que exigirá qualidade de excelência e uma experiência de consumo consistente e inovadora. Os vários intervenientes da cadeia de valor vão focar-se em novos aspetos e paradigmas como mudanças nos padrões de consumo, a monitorização da satisfação e a criação de novos pathways de cuidados;

Entrada de novos concorrentes e novos modelos de negócio – A estratégia e modelos de negócio irão reajustar-se ao modelo digital e a novos paradigmas tecnológicos. São exemplos a venda de serviços pelas farmacêuticas numa lógica “beyond the pill” e a entrada de players de outros sectores, como as telecomunicações, na cadeia de valor como soluções de e-health;

Wearables e a IoT – A proliferação dos wearables e tecnologias IoT (e.g. sensors de queda ou respiratórios) são já uma realidade na monitorização pessoal de indicadores de saúde. Estas inovações são catalisadores de novos paradigmas de relacionamento com o paciente/ consumidor e importantes na melhoria da segurança, na redução de custos e na capacidade de atingir as expectativas de um consumidor de serviços de saúde cada vez mais exigente;

Big Data e a Inteligência Artificial – A medicina envolve heurística e algoritmos baseados em regras e inputs de sintomas e resultados de exames e observações. Este é um terreno fértil para a inteligência artificial que pode suportar estes algoritmos com níveis cada vez mais elevados de precisão para diagnóstico e prescrição. Este facto é exponenciado com o potencial analítico crescente de várias fontes de dados: Imagine a combinação de informação do registo clínico de um paciente com a monitorização 24×7 de dados proveniente te sensores acerca da sua dieta, níveis de atividade, etc. Quando isto acontecer de forma estruturada estaremos perante um paradigma disruptivo na prestação de cuidados;

Redefinição do prestador de serviços de Saúde – Consegue imaginar clones digitais de especialistas reais de várias áreas da medicina a darem conselhos personalizados e apoio numa variedade de temas médicos? Ficção científica? De modo algum. Na Universidade do Sul da Califórnia está em desenvolvimento o médico avatar que parece e soa como o próprio médico numa articulação entre tecnologia de realidade virtual e inteligência artificial, maximizando o tempo de qualidade com o paciente e em estreita ligação com o médico ou profissional de saúde. Estes novos paradigmas são fundamentais para otimizar a prestação de cuidados, reduzir o desperdício e conseguir a sustentabilidade dos sistemas de saúde;

Telemedicina – Com o desenvolvimento tecnológico e a expansão das redes móveis a telemedicina tem as condições para se desenvolver. Considerada uma melhor abordagem, versus a visita física ao médico, para monitorizar e apoiar, por exemplo doenças crónicas, permite poupar tempo e dinheiro e dar aos pacientes melhor qualidade evitando deslocações demoradas e por vezes percorrendo longas distâncias;

Novo modelo de empresas seguradoras e foco nos resultados em Saúde – As pressões para a redução de custos e uma perceção de incremento do risco têm levado seguradoras tradicionais a juntarem-se a empresas de capital de risco procurando pensar o seguro de saúde de forma diferente. Há a expectativa de que estas startups seguradoras-tecnológicas possam em simultâneo controlar os custos e promover uma melhor relação com os clientes, utilizando modelos remuneratórios focados nos resultados (outcomes) e não nos tradicionais modelos de pagamento por serviço prestado.

 

Fonte: Jornal Económico

 


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