A confiança das empresas aumentou consideravelmente em Portugal, com 54% dos decisores a acreditarem que o seu negócio vai crescer durante este ano. Tecnologias como a cloud e a mobilidade e “aceleradores de inovação” como a IoT, a IA ou a robótica seguem em destaque.

Mais de metade dos decisores de médias e grandes empresas em Portugal acha que o negócio vai crescer em 2018. Os dados são da IDC Portugal, que prevê que o mercado das TIC cresça 2,6% em Portugal, em 2018, movendo um total de 7,7 mil milhões de euros. As tecnologias da 3ª Plataforma(cloud, mobilidade, social business e big data) e dos Aceleradores de Inovação (IoT, inteligência artificial, impressão 3D, novas interfaces humanas e digitais, robótica e blockchain)  irão crescer a uma taxa média de 12,4% e representarão cerca de 54% do mercado em 2018, enquanto as tecnologias associadas à 2ª Plataforma irão decrescer 6,9% em 2018.  De acordo com a IDC, 3ª Plataforma e Aceleradores de Inovação vão representar 66% do mercado das TIC em Portugal em 2020.

A IDC Portugal apontou ainda o Regulamento Geral de Proteção de Dados como um dos principais dinamizadores dos investimentos em IT em 2018 e 2019, antevendo que mais de metade das 5000 maiores empresas vão estar preparadas para a nova diretiva este ano.

As previsões decorrem do estudo “IDC FutureScapes: Portugal Top 10 Predictions”, para o qual a empresa inquiriu 307 decisores de IT e de negócio das 5 mil maiores organizações nacionais. Durante a apresentação das conclusões, que decorreu esta terça-feira, dia 23, em Lisboa, Gabriel Coimbra, country manager da IDC Portugal, sublinhou que a confiança das empresas aumentou consideravelmente, com 54% dos inquiridos a acreditarem que o seu negócio cresça em 2018.

O estudo denota ainda uma tendência importante: a redução de custos deixou de ser a principal prioridade das empresas. Eficiência operacional, serviço ao cliente e compliance são, hoje, e por ordem decrescente de importância, as três grandes preocupações dos decisores. Segundo a IDC Portugal, mais de 50% pretendem investir em tecnologia este ano. A mobilidade surge no topo das tecnologias entendidas pelos decisores como críticas para a competitividade, tendo sido nomeada por 70% dos inquiridos. Segue-se o cloud computing (eleita por mais de 65% dos decisores) e big data e analytics (a escolha de 60%).

Em Portugal, a maioria das organizações encontram-se nos níveis 2 (“Digital Explorer”) e 3 (“Digital Player”) de maturidade no que diz respeito à transformação digital. Gabriel Coimbra realçou que é nos dois últimos níveis — “Digital Transformer” (4) e “Digital Disruptor (5) — que “as organizações começam a ganhar verdadeiramente competitividade”.

A IDC observou ainda que continua a acentuar-se o afastamento entre o nível de transformação digital das organizações portuguesas e o das norte-americanas, tendo mais do que duplicado desde 2015, o que denota a necessidade de repensar a forma como os processos de transformação digital estão a ser conduzidos.

Gabriel Coimbra realçou que estamos a assistir ao “consolidar do primeiro capítulo da terceira plataforma tecnológica” e a entrar no segundo capítulo, que deverá estender-se até 2022, “caraterizado pela consolidação da oferta cloud em megaplataformas, pelo rápido crescimento da IoT e da inteligência artificial, pela disrupção causada pelos negócios de plataforma – dentro e fora da indústria das TIC -, onde os dados constituem o principal ativo numa economia cada vez mais digital e a experiência dos consumidores, independentemente dos setores, é cada vez mais tecnológica, integrada e imersiva”.

 
Fonte: ACEPI


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