A Inteligência Artificial sempre foi um tema que despertou interesse no ser humano, nomeadamente Hollywood nunca deixou de produzir filmes neste contexto.

O ser humano sempre desejou que uma máquina fizesse o trabalho por ele, agir e pensar da mesma forma e já na Segunda Guerra Mundial se faziam estudos de várias áreas para explorar este caminho.

Hoje em dia, com a evolução tecnológica que temos vindo a acompanhar, muitas empresas acreditam que a Inteligência Artificial seja a resolução para todos os problemas.

Segundo a IDC, empresa de Research, Advisory e Consultoria, o mercado de Inteligência Artificial (IA) em contexto empresarial está a crescer substancialmente. Estima-se que as receitas globais, incluindo todas as categorias, tenham um crescimento anual de 15,2% em 2021, para 341.800 milhões de dólares. E neste sentido, prevê-se que o mercado deverá acelerar ainda mais em 2022, com um crescimento de 18,8%, ultrapassando a marca dos 500 mil milhões de dólares até 2024.

Entre as categorias – software, hardware e serviços – os investigadores afirmam que o software representou 88% do total do mercado de IA. A consultora acredita ainda que a disrupção é inquietante, no entanto pode servir de catalisador para a inovação e transformação.

O mercado de serviços de IA chegou aos 19.400 milhões em 2020, o maior crescimento das categorias de IA empresarial. A análise da IDC aponta para um crescimento de 19,3% em 2021, com um CAGR de 21% nos próximos cinco anos. A categoria está dividida em duas subcategorias – serviços de IT, que representam quase 80% das receitas, e serviços empresariais. A nível mundial, calcula-se que os serviços de IA sejam um mercado avaliado em cinquenta mil milhões de dólares até 2025.

Entre as tecnologias que prometem mudar o modus operandi das empresas e como o mercado se organiza, a inteligência artificial (IA) é a mais relevante.

O uso da inteligência artificial é de facto amplo, mas o seu potencial foca-se sobretudo na capacidade de leitura de dados, entendimento de padrões e auxílio na tomada de decisões.

Constata-se igualmente num estudo realizado recentemente pela EY em parceria com a Forbes, que as empresas que lideram no ranking de adoção de tecnologias de dados e da Inteligência Artificial apresentam, em média, um crescimento de receita e margem operacional acima de 60%, a EY acredita que este investimento é necessário para tornar a empresas mais competitivas no mercado.

Através da constante transformação digital, muitas empresas também podem ficar em dúvida sobre quais as reais capacidades da IA e acabar por investir em algo que nem sempre é o indicado para a solução de seus problemas.

Segundo a EY, a IA é uma tecnologia mais inovadora e versátil que pode ser utilizada e vários casos, como:

  • Processamento de imagens para deteção de padrões;
    ● Sistemas de chatbot para interação homem-máquina por meio do processamento de linguagem natural;
    ● Modelos de recomendação de produtos e ofertas;
    ● Deteção de padrões ou anomalias;
    ● Predição de tendências;
    ● Classificação automática e segmentação de clientes, entre outros.

A consultora considera que de um modo geral, a IA resolve problemas que simulam as capacidades humanas, através de sistemas e algoritmos criados para “pensar como humanos” assim que encontra e analisa informações, de uma forma eficaz e precisa. A IA prevê assim situações futuras com base na experiência passada.

Profissionais da área são de opinião comum que por melhor que seja, a IA não deve ser encarada como uma solução por si só, o fundamental é a empresa detetar o problema e criar o projeto de implementação para resolvê-lo.

A verdade é que a IA resolve alguns problemas com regras sequenciais criadas por humanos, é errado pensar que a IA irá substituir os humanos, pois todos os processos para serem conduzidos e orientados deverão ser coordenados pelo ser humano.

Para tirar partido dos benefícios da inteligência artificial, é necessário integrar recursos robóticos, inteligentes e autónomos, ao nível de sistema, de forma inovadora e instrumentalizada. A EY defende que a transformação pode ocorrer em cinco domínios não discretos:

  • Insights:Descobrir insights mais profundos e rápidos, que aumentem a cognição humana;
  • Desempenho:Desenvolver sistemas que aprendam com dados e com a experiência para melhorar os resultados ao longo do tempo;
  • Automação:Aproveitar recursos robóticos, inteligentes e autónomos para transformar as operações através da automação;
  • Experiências:Melhorar as experiências humanas através de sistemas que preveem, detetam, aprendem e que se movimentam;
  • Confiança:Desenvolver, construir e monitorizar sistemas automatizados para promover e manter a confiança.

A Inteligência Artificial pode ser o futuro, tal como toda a evolução tecnológica foi sempre o nosso futuro, no entanto, o ser humano foi e sempre será indispensável para o crescimento de qualquer empresa.


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