Reconhecimento facial e de voz (ou identificação biométrica) são algumas das ferramentas biométricas a que os retalhistas começam a recorrer. O investimento nestas tecnologias serve não só para melhorar a segurança das suas lojas, como também para impactar potenciais clientes com conteúdos promocionais.
 

A facilitar esta mudança de paradigma está o facto de grande parte dos dispositivos electrónicos pessoais chegar às mãos dos consumidores já com sistemas biométricos instalados. Dados da TrendForce indicam que 60% dos 1,53 mil milhões de smartphones vendidos a nível mundial em 2018 já teriam sensores para impressões digitais – bem acima dos 19% registados em 2014.
 

A Counterpoint Technology Market Research, por seu turno, prevê que 64% dos smartphones vendidos até 2020 terão tecnologia de reconhecimento facial, o que contrasta com os 23% verificados no ano passado.
 

E o que acham os consumidores da identificação biométrica? Segundo o eMarketer, os recursos biométricos disponibilizados pelo smartphone são utilizados essencialmente para desbloquear o equipamento. O número cai significativamente quando se fala na possibilidade de aceder a contas bancárias ou comprar artigos online.
 

A identificação biométrica é encarada como uma opção mais fácil e conveniente do que as tradicionais palavras-chave ou códigos PIN. Porém, os consumidores mostram-se preocupados com a segurança desta alternativa e encontram maior conforto no recurso a dados biométricos em sistemas de protecção (bloquear ou desbloquear o telemóvel) do que para a recolha de dados com fins publicitários.
 

Ainda assim, Victoria Petrock, analista do eMarketer e responsável pelo relatório “Biometric Marketing 2019: Revolutionary Personalization Tool or Targeting Gone Awry?”, acredita que o caminho passará, sem sombra de dúvida, por aqui. «Embora existam grandes preocupações sobre a privacidade e segurança dos dados, será apenas uma questão de tempo até que as pessoas usem as suas impressões digitais, rosto, olhos ou outras partes do corpo para verificar quem são e pagar por mais coisas», indica a analista.
 

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