Agosto, mês de verão e que, após um logo período de confinamento, todos aguardamos com expectativa. Expectativa pelas férias, expectativa para ver se voltamos à normalidade ou à “nova normalidade”, seja lá o que isso for.

A More Results, empresa parceira da ConsumerChoice, focou-se precisamente nisso: o que é o Regresso para os portugueses.

O estudo que incidiu no território nacional e no mês de Junho, já nos conseguiu dar algumas respostas.

 

O novo normal social

Sem dúvida, nada de cumprimentos, máscaras, distâncias de segurança e desinfeção e lavagem de mãos com frequência. São tudo parte dos cuidados que os portugueses referem ter e que dominam as respostas em mais de 90% dos casos.

 

Prioridades nas primeiras saídas à rua

As compras necessárias em espaço comercial (hiper/super) dominam as saídas com 90% das respostas, a par com a necessidade de frequentar serviços de cuidados pessoais como cabeleireiros e serviços de estética reúne cerca de 58% das respostas. Curioso é o facto de 36% das respostas referirem a frequência de lojas de bricolage e decoração o que mostra um dos passatempos dos portugueses em tempos de covid.

Os dados têm origem em respostas múltiplas.

 

Cuidado na observação das regras

Os portugueses saem, mas estão mais cuidadosos e atentos.

No caso dos centros comerciais 33% já tinham tido oportunidade de visitar e mais de 50% destes sentiram-se confortáveis em fazê-lo. Os que não sentiram conforto na visita, referiram o facto de considerarem ver muita gente, receio de contágio e querer evitar locais fechados, como causas para tal.

De uma forma geral, dos inquiridos, apenas 15% revelou não sentir que as medidas recomendadas pela DGS estivessem a ser cumpridas, em particular as distâncias de segurança, para 88%, e o elevado número de pessoas nos estabelecimentos para 61%.

Apenas 31% refere as regras de higiene.

 

 

Transportes públicos, utilizar ou não?

Muito se tem falado da eventual responsabilidade dos transportes públicos na transmissão da COVID 19, por essa ração, provavelmente, 74% dos inquiridos afirmam que não usam nem pretendem vir a usar, os transportes públicos, sendo que 43% destes vão mesmo passar a utilizar mais o seu veiculo automóvel.

 

Frequentar restaurantes, para já sim

Um dos sectores mais afetados pela pandemia, também é para os inquiridos o que melhor se tem adaptado às regras da DGS, com 59% a sentir-se confortável durante a visita e 93% a afirmar que as normas foram cumpridas.

No total são cerca de 69% os que afirmam frequentar restaurantes maioritariamente porque já frequentavam o restaurante em causa, porque observam o cumprimento das normas de segurança e também porque tem esplanada.

Apenas 11% refere aderir ao take away, sendo a razão o facto de não se sentirem confortáveis (58%) e preferir comer em casa (33%)

 

O e-commerce veio para ficar

Para 59% dos inquiridos afirma que a mudanças no e-commerce veio para ficar e que vão continuar a crescer.

O facto é que durante o estado de emergência 40% passou a fazer mais compras online, 43% mantiveram a frequência de compras online e apenas 16% fez compras presencialmente.

O desconfinamento e a experiência leva a que a posição seja agora de 24% a referir que continuará a fazer compras presencialmente como antes, 21% vão continuar a comprar mais online do que antes e 51% vão manter a frequência de compras online.

Em relação às áreas onde irão manter/aumentar o nível de compras online, destaca-se o vestuário (52%), os livros (41%), artigos informáticos (39%) e por fim o turismo/ hotelaria (33%).

 

A mudança de comportamento de compra após um ano

De uma forma geral e em relação a compras genéricas, os inquiridos assumem vir a ter mais gastos em Alimentação (21%), Mobiliário e decoração (13%) e Saúde (12%).

Em sentido inverso, esperam gastar menos em Turismo (56%), Lazer (495) e Vestuário (47%).

Mantem-se estáveis os gastos com Educação, Estética e Automóvel

 

Teletrabalho veio para ficar

O teletrabalho teve um desenvolvimento impressionante nos últimos meses e há mesmo empresas que o irão manter. 26% dos inquiridos referem que se mantêm em teletrabalho, 20% continuam a trabalhar normalmente e apenas 11% continuam a trabalhar e já regressaram ao local de trabalho.

Todavia, afirmam que existiram mudanças nos seus locais de trabalho, com mais empresas irão adotar o teletrabalho (65%), mais empresas irão adotar as reuniões por videochamada (46%), É considerado também haver mais cuidados entre os funcionários (49%) e mesmo quem ache que vai voltar tudo ao que era antes (11%)

 

Em termos de medidas adotadas pelas empresas, a implementação de dispensadores de álcool (97%) e a utilização obrigatória de máscara (89%) imperam, seguido do intercalar de trabalhadores por dia/semana (27%), realização de turnos para evitar muita gente num espaço (24%) e a adoção de não existência de reuniões entre colaboradores e externos (22%).

 

Dualidade de sentimentos face ao futuro

Na sua relação com o futuro assistimos a uma dualidade de sentimentos, entre os que sentem confiantes, apreensivos e expectantes. Muitos inseguros, com receio e cautelosos e nervosos e a serem muitos mais que os que se sentem confortáveis…

 

Fonte


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